LONGA VIDA, FIDEL CASTRO!

Fidel Alejandro Castro Ruz nasceu há 86 anos. Lutando pela democracia, contra a subordinação de Cuba aos interesses dos Estados Unidos, foi o ídolo dos jovens dos anos 50 e 60. Com Ernesto Che Guevara, Camilo Cienfuegos e outros heróis da Revolução Cubana, Fidel Castro transformou-se num símbolo do espírito revolucionário. Quando em 1 de Janeiro de 1959 os guerrilheiros comandados por Fidel entraram em Havana, essa vitória do Movimento 26 de Julho foi uma vitória dos revolucionários de todo o mundo. Os ditadores tremeram.

Depois, aos poucos, a realidade foi invadindo o sonho – para se proteger da ameaça ianque, Fidel submeteu-se à União Soviética – os ideais democráticos foram cedendo à necessidade de impedir a contra-revolução. A pureza revolucionária foi substituída pelo pragmatismo. A saída de Che Guevara foi um sinal. Fidel fez o que tinha a fazer. Fez o que podia fazer. Manteve a dignidade nacional à custa da repressão. Entre os que o contestam há os chamados gusanos, a escumalha traidora e sem honra que não se importa que Cuba volte a ser o bordel do Estados Unidos. Mas há também os que, sendo democratas, apenas desejam poder exprimir o seu pensamento em liberdade. Confundir uns com outros, ou dizer que «objectivamente» todos são iguais, é uma falácia.

Em suma, Fidel faz hoje anos e nós não o julgamos.

Quando foi julgado, na sequência do assalto ao Quartel de Moncada, na sua histórica alegação, afirmou que a história o absolveria. Não sabemos se o absolverá. Fez coisas extraordinárias pela liberdade do seu povo. Cometeu crimes contra a liberdade dos cubanos.

A história o julgará.

Nós dizemos – Longa vida, Fidel Castro!

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