Pentacórdio para Domingo 13 de Janeiro

por Rui Oliveira

 

 

 

 

glosas_5   Neste Domingo 13 de Janeiro o relevo pode muito bem ir para uma iniciativa de âmbito muito amplo (para maiores de 3 anos!) mas potencialmente educativa que será o concerto sobre “O Esplendor da Música Portuguesa do Séc. XVIII (nas Cortes de D. João V, D. José, D. Maria I e D. João VI)” a realizar na Sala Luís Freitas Branco do Centro Cultural de Belém, às 11h, que tem como efeméride a celebração dos “250 Anos do nascimento de Marcos Portugal” mas que o CCB justifica de forma mais cabal :

ana-paula-russo-2007   “ Decidimos, nos novos concertos de Domingo, abordar um tema que é particularmente aliciante do ponto de vista musical, sobretudo pelo brilho e pelo virtuosismo que caracterizam a música vocal (ópera e música de salão), do século XVIII e início do século XIX, em Portugal (numa época em que o Brasil pertencia ao domínio português) e da autoria de compositores portugueses. A escolha das peças deste recital, que inclui algumas das “redescobertas” mais recentes, procurou garantir um atravessamento cronológico de toda a época em apreço, vindo a centrar-se em obras de compositores desde Francisco António de Almeida a João Cordeiro da Silva e ainda Marcos Portugal, o qual, como compositor português mais proeminente do seu tempo e músico de eleição da corte portuguesa, ocupa um lugar de destaque neste projecto”.

296091_10151032605371987_1819005690_njoão paulo santos   Assim os sopranos Ana Paula Russo (esq.cima) e Ariana Moutinho Russo (esq.baixo) acompanhados ao piano por João Paulo Santosdir.) cumprirão este programa :

   Francisco António de Almeida (c.1702–1755?) Bel Piacer è la Vendetta – (Il Trionfo d’amore)

   P. António Avondano (1714 – 1782) Una donna come me – (Il mondo della Luna)

   Policarpo José da Silva (1745–1805?) Se tu non vedi tutto il cor mio – (Cantata La Danza)

   João de Sousa Carvalho (1745–1798) Padre m’ascolta, oh Dio – ária de Penelope (Penelope nella partenza di Sparta)

   João Cordeiro da Silva (1769–1788) Natal di Giove (cena de Melite e Amaltea)

   Marcos Portugal (1762–1830) É coisa mui gostosa – Cavatina (O disfarce venturoso)

 

   Mostramo-vos esta última ária interpretada por Ariana Russo acompanhada por Pedro Vieira de Almeida a quando, em Março último, do lançamento do número da “Glosas” dedicado a Marcos Portugal :

 

 

 

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   Quanto a outras actividades, nomeadamente as destinadas a Domingos em Família, lembramos que se reiniciou no Castelo de São Jorge o programa “Artes Bélicas no Castelo”, com entrada gratuita para os residentes em Lisboa.

artes bélicas no casteloarmas e armaduras   Neste segundo Domingo do mês, a 13 de Janeiro, são os lisboetas (e não só) convidados a saber mais sobre a influência muçulmana na engenharia de cerco com uma arradah (petraria) e um qaws al-ziya (espringal), sobre espadas e adagas, montante e alabardas no tempo dos Descobrimentos e sobre a evolução, ao longo dos séculos, de outras armas e técnicas de combate.

   O Serviço Educativo do Castelo de São Jorge (por inscrição prévia) elucida ainda sobre armas e armaduras de várias épocas: do gládio romano ao montante, da falcata lusitana ao machado bico de corvo, do enorme escudo da legião ao mínimo targe, bem como os seus usos e a evolução da eterna luta entre arma versus a melhor armadura.

 

 

 

   Por último, de entre as exposições cujo encerramento se aproxima (o que aqui nos comprometemos de alertar), há duas a assinalar.

1d1503cf3abf46eeb640a843ebba0a7d   Uma na linha destas actividades dominicais e familiares é demonstrativa da fusão de arte com a tecnologia e intitula-se “Fantasias Mecânicas”, uma exposição interactiva sita na Capela do Museu da Marioneta até 20 de Janeiro de 2013.

   Estas “Fantasias Mecânicas”, de Diego Gilardi, um especialista em bonecos para teatro cinema e televisão, apresentam-nos cerca de vinte construções mecânicas de dragões, dinossauros, mosquitos, robots ou até mãos e olhos. Quem visitar a mostra poderá mesmo manipular com as suas próprias mãos estas marionetas e fazê-las andar, agarrar coisas (e mesmo mover as sobrancelhas!).

   Um vídeo em espanhol reproduz alguns destes aspectos :

 

 

 

expo_pureza_mude-3-213x300expo_pureza_mude-2-300x297   Outra, mais para adultos, é “Pureza”, a nova exposição desenvolvida em parceria com a Experimentadesign e a marca “Água do Luso” que neste ano de 2012 celebra os seus cento e sessenta anos e que está patente no Convento da Trindade, na Rua Nova da Trindade, 20, em Lisboa, até ao dia 13 de Janeiro de 2013.

   “Pureza”, que é o nome da estátua de mármore imagem de marca daquela Água, propõe uma viagem até ao futuro através de obras de oito autores portugueses – Siza Vieira, João Luís Carrilho da Graça, Joana Vasconcelos (foto à dir.), João Louro, Fernando Brízio, Miguel Vieira Baptista, Jorge Silva (foto à esq.)e Ricardo Mealha  − que projectaram a Água de Luso para daqui a cento e sessenta anos, através de uma interpretação livre do património simbólico e histórico desta.

   De salientar que todas as peças irão ser leiloadas e o valor da venda reverterá para o programa de prevenção nacional da sida em meio escolar (através da associação Abraço).

 

 

(para as razões desta nova forma de Agenda ler aqui ; consultar a agenda de Sexta aqui)

 

 

 

 

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