A história da “Branca de Neve”, já com longa vida, tem uma das versões mais conhecidas na versão dos irmãos Grimm. Em Portugal outras versões são conhecidas –
“Os sapatinhos encarnados”, “A enjeitada” que se podem ler nos “Contos Populares Portugueses” de Adolfo Coelho ou “A estalajadeira” e “A Rainha Orgulhosa” da coletânea de Cosiglieri Pedroso.
Ficou visualmente conhecida com o filme da Disney e a imagem dos anõezinhos e da maçã dada pela bruxa má.
Recentemente, Benjamin Lacombe, um jovem pintor, com formação universitária, que desde cedo trabalhou em filmes de animação e publicidade e aos 19 anos já tinha feito o seu primeiro livro, fez a sua versão. No ano de 2007, a revista Times considerou-o um dos 10 melhores livros infantis para os EUA.
A sua última obra – “Branca de Neve” foi recentemente editada em Braga, pela editora Paleta de Letras, constituindo o primeiro livro deste autor a ser lançado em Portugal.
Deixo-vos esta versão onde o mistério está bem patente. Podemos imaginar os olhinhos de terror das crianças. Nem sempre as adaptações seguem o original. Como não conheço a obra completa, não sei se vai de acordo com as teorias de Bettelheim, que diz: “ A história da Branca de Neve ensina-nos que não é pelo facto de atingirmos maturidade física que estamos intelectualmente ou emocionalmente prontos para a idade adulta, representada pelo casamento. Muito é preciso ainda crescer e muito tem de se passar até à formação de uma nova personalidade, mais madura, e até que os velhos conflitos sejam integrados. Só então estamos prontos para um parceiro de outro sexo e relações íntimas com ele, necessárias para a prossecução de uma idade adulta madura.” (in Psicanálise dos contos de fadas, Bertrand, Lisboa, 1984)
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