Selecção e tradução por Júlio Marques Mota
Sexta-feira, 11 de Janeiro de 2013
La Suisse se préparerait militairement à des soulèvements violents en Europe
Observatoire de l’Europe
A operação chamada Stabilo due consistiu em implantar as suas tropas ao longo das fronteiras com a Itália e com a França para as treinar a prevenir ou a conter a entrada maciça de migrantes provenientes desses países. Berna abertamente está preocupada com uma desorganização dos exércitos dos países vizinhos, em ligação com a crise do euro e as medidas de austeridade impostas por Bruxelas que obriga os Estados a reduzirem os orçamentos destinados à segurança (polícia, guarda republicana, exército).
A combinação de um possível caos social assim como a incapacidade de o poder controlar levou os suíços a prepararem-se porque para eles é claro que o seu país estaria entre os primeiros destinos dos migrantes europeus se esta perspectiva se tornasse uma realidade para eles. O ministro da defesa da Suíça disse: “eu não descarto a possibilidade de que teremos necessidade do exército nos próximos anos. Ele também pressionou a Confederação para comprar aviões de combate Saab Gripen para reforçar os esquadrões de defesa aérea. John R. Schindler, Professor de questões sobre a segurança nacional declarou no US Naval War College e também no site do Comité XX: “Se um terrorista similar ao norueguês Anders Brievik visa os muçulmanos, as coisas poderia tornar-se incrivelmente perigosas e até muito rapidamente, o que poderia provocar levantamentos generalizadas de muçulmanos por toda a Europa.”
O que o ministro Mauer tenta explicar aos suíços, é que a crise política e orçamental europeia poderiam assumir uma dimensão bastante desagradável que se poderá transformar numa fortíssima instabilidade social. “Os exercícios realizados pelo exército suíço – diz John R. Schindler – são baseados na possibilidade da instabilidade europeia se tornar fora de controle.
Esta eventualidade que é descrita como perfeitamente lunática ou paranóica pelos defensores do establishment europeu, não tem nada de surpreendente se considerarmos os inúmeros motins e revoltas populares que desde há dois anos já tiveram a França, Inglaterra, a Itália, a Grécia, Portugal e mais recentemente a Espanha. Neste último país, a taxa de desemprego de juventude ultrapassa agora os 50% e as ajudas sociais têm estado a ser fortemente reduzidas. A taxa de desemprego espanhola é de 25,1%.
A Suíça, em comparação, tem uma taxa de desemprego de 2,8%. Esta é a vantagem segura de um pequeno país livre e soberano para ser capaz de antecipar problemas e não para não ser com eles confrontado quando for já tarde demais. Na União Europeia, por outro lado, a classe política e os media negam os riscos que as políticas irresponsáveis que têm sido seguidas desde há anos fazem correr às pessoas. O contacto com a realidade perdeu-se; a agitação será assim ainda mais violenta.
La Suisse se préparerait militairement à des soulèvements violents en Europe, texto disponível no site Observatoire de l’Europe, cujo endereço é:
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