O PATO ALGEMADO – XXIII – Edição especial dedicada à Economia – por Sérgio Madeira

Imagem2«Para os devidos efeitos, o Pato plebeu, que tal como o António poeta, o Anto, é identificado como o Pato Só, mas que também usa e assina o Pato algemado, vem registar com prazer a carta que acaba de receber do Senhor Professor Júlio Marques Mota, tratando-o por «Meu querido Amigo Pato Algemado».

Com a sua experiência de vida, o pato não leu mais nada, não fosse depois o texto não corresponder ao carinhoso começo. E pede-nos para perguntar ao Professor se não se arranja um título académico que possa, de algum modo, compensar as suas origens modestas. Acrescentou ao pedido uma informação – «Uma vez, atrás de minha mãe e em fila com os meus oito irmãos, indo a caminho do Lago do Campo Grande, atravessámos a Alameda da Universidade – não chegará para obter uma equivalência?» . E acrescenta um dado importante – passámos junto da Faculdade de Direito, atravessámos para o lado da Faculdade de Letras e metemos pela rua que separa Letras da Torre do Tombo. O que me convinha era o cargo de Guarda-Mor da Torre do Tombo. Se calhar já não se chama assim. Mas era o o título do Mestre Fernão Lopes. Dava cá um sainete!…»  

Deixamos o pedido e passamos ao que interessa.

Meu querido Amigo Pato Algemado

Por favor, diz-me que não sou nenhum ladrão.

Em 1974 fui a Paris. Lá para as zonas do Trocadero combinei um encontro com um casal de amigos meus, ele português e alto funcionário de uma multinacional em software profissional,originário da zonas de Pombal, ela, francesa e de origem corsa, professora de profissão, em Versailles.

Combinámos encontro num cruzamento de uma das grandes avenidas que nesta zona há por ali, numa esquina  em que de um lado havia um banco e do outro um cinema.  Encontro com um português marcado, é seguramente um encontro atrasado. Foi assim, aguardei perto de uma hora. Jovem assistente e sem dinheiro, esperei na rua em pé, que os  cafés eram caros. Fui andando de um lado para o outro, do cinema para o pé do  banco , passando pelas montras de um  restaurante. Até que… de repente, senti-me como um ladrão. Agarrado por dois polícias, de um lado e do outro por cada um dos braços e com uma pistola apontada à cabeça, por um terceiro polícia .Papiers, monsieur. Fiquei branco. Não os tenho, tenho-os em casa, moro aqui perto. Posso lá ir buscá-los, disse eu.Acompanhamo-lo, foi a resposta. E assim foi. Recebidos os documentos, dizem-me para os acompanhar à esquadra. A conclusão é simples: ontem, hoje, amanhã, os bancos precisam sempre de ser bem defendidos., nem que seja contra coisa nenhuma, como era ali o caso.

Meu querido amigo Pato, que tinha eu feito de mal? Nada, mas havida dois pormenores ligados que me levariam à prisão na França que  eu suponha o  país da liberdade: tinha cabelo comprido  e barba longa  e, ainda por cima, estava perto de um banco. Um perigoso ladrão.  O banco precisava de ser defendido, ontem como hoje, pois claro. Os documentos não lhes tiraram a dúvida de que assim era. Vamos à esquadra para interrogatório, dizem-me. Se assim querem, respondi, vamos então. Saímos da porta da minha casa, da casa onde dormia, melhor dizendo.  Trinta metros à frente chegouo casal amigo. A mulher francesa perdeu a voz, talvez pensasse que eu fosse ladrão,  poderáela ter pensado isso no seu íntimo. Não, disse o português, os senhores pediram a identificação, têm-na aí e, portanto, a partir de agora exijo eu a presença  de um advogado.

Se era ladrão ou não, nunca se chegou a saber, pois fui deixado com os meus amigos sem mais nada, sem inquirição e sem julgamento (!)  e isto porque havia alguém disposto a pagar a um advogado para me acompanhar e para defender os meus direitos por  não ser francês. Apenas isso, por  não ser francês. Se assim não fosse…o que seria então?

A vida fez-me seguir o meu rumo. Economista penso ter sido, pelo menos professor eu fui. Eis que a crise chegou, eis que os meus setenta anos me chegaram e na véspera desse dia de mais um ano passado, eis que leio um texto em que me chamam de…ladrão. De novo e de velho, a minha sina, meu querido Pato amigo, a de  ser chamado de ladrão, mas agora do outro lado. Quando novo acusado de ladrão contra os bancos, quando velho acusado de ladrão a favor dos bancos. É demais, pato amigo. E aqui lembro-me de Denis Kessler um dos jovens muito brilhantes pós-Maio de 68 que chegou depois a vice-presidente do Patronato francês, o MEDEF,  para quem  não ser de esquerda aos 20 anos é não ter coração e para quem ser   de esquerda aos meus 70 anos é não ter carteira. É uma questão de opção. Pois é, e eu  optei por não ter carteira.

Que nos diz então este texto maldito que dessa maldade me acusa? Um texto de MaximusFabius, um autor que estou sempre disposto a ler, ainda por cima.  Na blogoesfera por onde também andamos, diz-nos o autor:

“ “E o medo vai minar fatalmente a nação (…) [e ] as economias entrarão  em colapso a menos que todo os valores  estejam ligados ao  ouro [equivalente é a lógica actual do BCE que nos quer cruxificar numa cruz de ouro  e sem padrão-ouro, com a Angela Merkel como garantia que assim é]  .  O pânico criado  pela dívida é um outro medo do mesmo género que os anteriores com   a única diferença em  que aqueles que acreditam que a dívida nos vai destruir tem muito mais poder político.”

Correto, embora [se] ignore  a importância disto nas  lições que a história nos dá e que se explica no parágrafo seguinte .  Os  1% são os credores da nação, da dívida pública e da dívida privada. A deflação do  final do século XIX serviu  muito bem os seus interesses  esmagando a força económica  e política dos pequenos agricultores, artesãos e das classes mercantis — devedores que foram arrasados pelo aumento do valor real das suas dívidas, dos  seus empréstimos.  O crescendo e depois o  estouro da bolha imobiliária e a grande recessão tinham um efeito igualmente benéfico para  os 1%, concentrando-se  neles ainda mais riqueza e poder.

Os economistas foram, são, e  provavelmente foi, é e será sempre assim,  as ferramentas dos que que constituem os  1% mais ricos da população.Os economistas são os seus criados.”

Meu caro amigo Pato Algemado, eis-me agora acusado de ser criado dos ladrões de luva branca, portanto ladrão de luva preta, eis afinal aquilo de que sou acusado, agora depois de velho, depois de estar atingir os setenta anos. Não posso acreditar.

Diz-me meu amigo que os ladrões e os criados de luva preta ou branca ou amarela, tanto se me faz, são outros, são os Catrogas, são os Vitor Constâncio que nada viam mas viam, não eram cegos, são os Mira Amaral a quem arranjam o cargo de CEO da Caixa Geral de Depósitos   ou outros para depois de muito pouco tempo de serviço se saírem  com  uma reforma de milhares de euros, diz-lhes que ladrões são aqueles que pagam na Galp ou na EDP uns anos para saírem depois com  milhares de euros  de reforma, mesmo que para isso tenham que ter  no governo como ministro um irmão seu, diz-lhes que ladrões são aqueles que como Nogueira Leite pela crise um pano querem passar, diz-lhes que ladrões , embora   de forma um pouco mais abstracta,  são também os homens como José Ferreira Machado, director da Faculdade de Economia da  Universidade Nova de Lisboa,  que roubam violentamente  e de forma enganosa, com a promessa de emprego fácil, a consciência crítica da nossa juventude. E a série de nomes seria um nunca mais acabar:

Diz-me, meu amigo Pato Algemado, diz-me a mim e diz a todos os que te  lêem  que de economista apenas tenho um sinal, um hábito, o hábito de a economia continuar a estudar e como o fiz sempre por nada dela saber,  diz-lhes também que nunca fiz parte da panelinha dos que fazem o discurso que ideologicamente branqueia o crime que contra a Europa está a ser cometido e,isso, em nome do equilíbrio dos mercados  também.

Diz-lhes tudo isso, diz-lhes  que desses ladrões e com esses ladrões eu não tenho nada eu não quero nada, diz-lhes que sou crítico a todas estas teorias que esconderam o caminho que a sociedade estava a levar, diz-lhes a todos eles que não sou nenhum ladrão mas, sobretudo, diz-lhes que leiam o texto de FabiusMaximus, também.

Se fizeres tudo isso, o meu obrigado e continua depois de um bom sono,  que o Passos não pode ter se ainda tem alguma consciência, a poder chapinhar na lama limpa que até essa o governo nos  está  agora a roubar e nessa lama limpa continua a berrar quaá-quaá-quaá.

E é tudo.

Júlio Marques Mota

Outra maneira mais reconfortante, menos assustadora, de  olhar para o problema da dívida pública

FabiusMaximus  ·  14 de Fevereiro de  2013  ·

Resumo: Hoje  temos um exemplo de fluxo de palavras reconfortantes sobre os défices  públicos  . Enquanto de agradável leitura, escrito por um grande especialista experiente,  este não suporta  uma análise aprofundada.Imagem1

                       

Um especialista  governamental  no trabalho para nossa comodidade

 

Uma das  grandes curiosidades da história é a de que as  nações adoptam políticas que são tão obviamente condenadas ao fracasso, ou até mesmo ao desastre. Há  uma longa lista desde a gestão da dívida  da França com a companhia de Mississippi (mais tarde esta última conhecida como a bolha do Mississipi) feita por John Law,   economista do século XVII, à declaração do estado de guerra feito pelo Japão  a  quase todo o mundo.  Por um bom motivo, Barbara Tuchman deu como nome à sua maior obra de história,  TheMarchofFolly..

Existem dois elementos constantes nestas histórias. Primeiro, os avisos dos especialistas.Segundo, as  garantias que estas políticas obviamente loucas desta vez iriam acabar bem.

Assim é com a dívida do governo dos EUA. Todos nós ouvimos os avisos. Como a dívida cresce, então, aumenta  o volume daqueles que nos dizem para não nos  preocuparmos. Os economistas dentro do pensamento keynesiano dominante fornecem-nos  uma certa forma de conforto  ao dizerem-nos que se pode corrigir o défice mais tarde. Os economistas da escola da moderna teoria monetária fornecem-nos  uma outra forma (as dívidas não importam, não são relevantes desde que não haja criação de situações inflacionistas  ou um colapso da moeda como divisa). Há ainda um terceiro grupo  e este fornece-nos  uma forma vaga de conforto. Um exemplo disso é “Another way to look at the national debt” por  ZacharyKarabell (President of River Twice Research), special to the Washington Post, 8 Fevereiro de  2013. Na abertura do texto diz-nosZacharyKarabell:

 “Bem-vindo ao próximo capítulo do interminável debate sobre a dívida. O lançamento dum relatório pelo Congressional Budget Office  sobre os próximos 10 anos da economia americana termina a falar sobre um breve período de tranquilidade  em Washington. Como  regressamosmais uma vez, ao nosso programa regular de “Crise e Impasse”, deixem-me   por  um  momento  considerar a seguinte ideia herética: nós não temos nenhum problema de dívida.

Nós passámos  anos  a diabolizar  a dívida e agora temos  um movimento político inteiramente  mobilizado com a ideia   de que a dívida pública  destruirá a  América como nós o sabemos a menos que se alguma coisa for feita contra isso e  já, agora mesmo!”

Preparem-se para uma desmistificação à volta dos medos quanto à  dívida! Já me sinto melhor. Na  linha seguinte do texto de Karabellinicia-se  a análise:

“No entanto, a dívida é simplesmente uma nova forma de moeda que é emitida, comprada, valorizada pelo mercado, vendida,  como qualquer outra moeda” …

Isso é falso. Primeiro, a dívida pública (por exemplo, títulos do Tesouro a 30 anos) não é  de forma alguma moeda seja qual o for o conceito que desta se tenha . Estes títulos  variam de valor, do seu preço de mercado  (enquanto a moeda é a unidade de medida  para o preços dos activos, como por exemplo o dos  títulos). Mais importante ainda, embora o governo possa  converter dívida em moeda imprimindo dinheiro (ou seja, a monetarização), o processo não é automático. É uma decisão política  que aumenta  o valor dos empréstimos concedidos ao país.

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Por vezes, não funciona como se esperava. .

Exactamente isto que  nos traz à questão crucial: nós não devemos a dívida a nós mesmos. Devemo-la  às pessoas e a  instituições específicas, muitas dos quais exercem grande poder político – e irão  exercê-lo para ver que eles sejam  pagos em verdadeira moeda . A memória da grande inflação pós-Segunda Guerra Mundial  deixou marcas vivas nas suas  memórias , daí a obsessão com a inflação  que nos é hoje mostrada pelos seus ascetas. Diz-nos Karabell:

“Eo medo de que ela vai minar fatalmente a nação é muito parecido com a crença no século 19 de que os dólares em  papel iriamdestruir  o valor e roubar a nossa classe média, ou ainda o medo de que com a prata  aconteceria o mesmo  ou ainda a preocupação no século 20 (e agora) de que as economias entrarão  em colapso a menos que todo os valores  estejam ligados ao  ouro [equivalente a este sistema monetário é a lógica actual do BCE que nos quer cruxificar numa cruz de ouro  e sem ouro, com a Angela Merkel como garantia que assim é]  .  O pânico criado  peladívida é um outro medo do mesmo género que os anteriores com   a única diferença é que aqueles que acreditam que a dívida nos vai destruir tem muito mais poder político.”

Correcto, embora Karabellignore  a importância disto nas  lições que a história nos dá e que se explicam no parágrafo seguinte .  Os  1% são os credores da nação, da dívida pública e da dívida privada. A deflação do  final do século XIX serviu  muito bem os seus interesses  esmagando a força económica  e política dos pequenos agricultores, artesãos e das classes mercantis — devedores que foram arrasados pelo aumento do valor real das suas dívidas, dos  seus empréstimos.  O crescendo e depois o  estouro da bolha imobiliária e a grande recessão tinham um efeito igualmente benéfico para  os 1%, concentrando-se  neles ainda mais riqueza e poder.

Os economistas foram, são, e  provavelmenteserão sempre assim,  as ferramentas dos que que constituem os  1%.Os economistas são os seus criados.

Agora Karabell   revê  alguns destes desagradáveis factos históricos.

“ O consenso estabelecido  é o de  que, por um lado, o  crescimento é demasiado  fraco e que, por outro lado,  os governos  gastam  muito e é assim  toda a parte no o mundo desenvolvido. A Alemanha ainda não recuperou psicologicamente dos traumas da  dívida e da depreciação da sua moeda  na  década de 1920. O  Brasil e grande parte da restante  América Latina estão  marcados pelas memórias dos anos 70 e da  crise  sudeste asiático dos anos 90, quando as brutais crises   da  dívida quase afundaram essas economias.”

Agora, para o climax, diz-nos Karabell: .

“ Ainda um coro de Amén  não traduz  a verdade, e o consenso não é um  facto.  A dívida pode ser uma responsabilidade fatal se é utilizada  imprudentemente, mas pode bem ser uma ferramenta poderosa se bem utilizada. Ela permite que os governos, empresas e indivíduos possam  expandir o que podem e sabem fazer no presente na crença de que os ganhos futuros seguir-se-lhes-ão, exactamente à venda do que de útil fizeram nessa expansão de produção de bens e serviços. Ela pode levar a que se possa financiar a educação, financiar infra-estruturas e alimentar a investigação e a inovação. O facto de que a dívida é tantas vezes malusada,  para esconder problemas ou para financiar despesa efémera , representa um problema grave e potencialmente esmagador. Mas isso não é uma acusação sobre a  dívida; é uma acusação sobre o que é feito com ela. “

Isto coloca-nos perante uma  profunda efrontal   recusa  em  ter medo  da dívida quando se , mostra que nós gastámos conscientemente uma grande parte dos 6,4 milhões de milhões de dólares de dívida pública federal adicional que foi criada desde que a recessão começou em Dezembro de 2007 (um aumento de 125%). Isso merece atenção e justifica que se procure saber se os défices  foram ou  não — o estímulo económico aos investimentos no curto prazo , os que geram o crescimento futuro. Em vez disso, o que nós vemos é uma mudança de assunto .

Este valor do défice e o da sua variação  configuram uma refutação clara do medo da dívida, mostrando que passou-se de forma consciente a 6,4 milhões de milhões, em nova dívida pública, desde que a recessão começou em Dezembro de 2007 (um aumento de 125%). Isso merece atenção e justifica que se procure saber se os défices  foram ou  não — o estímulo económico aos investimentos no curto prazo , os que geram o crescimento futuro. Em vez disso, assiste-se a uma mudança de assunto.

A hipótese actual é a de que a dívida está fora de controle e tem sido assim desde há  muitos anos. A dívida dosconsumidores  no início de 2000 deu lugar à  dívida pública de hoje e a Grécia e os seus países irmãos do Mediterrâneo  são considerados como o mostra o anexo A merecedores de serem acusados e de levados a julgamento. No entanto este animusimpõe-nos que regressemos um pouco atrás  à altura em que as mudanças nos comportamentos  no sistema financeiro espalharam a raiva e provocaram um enorme pânico . A nossa fixação  sobre a dívida, então, será menos o produto da própria dívida  do que o problema do  seu ajustamento à nova moeda .

Na verdade o dinheiro que em nosso nome foi pedido como empréstimo  foi largamente esbanjado. Esbanjado em m guerras estrangeiras, na construção de  um vasto sistema de segurança interna grande para nos  defender contra o perigo das ameaças que não existem  e nos presentes oferecidos aos  1%  mais ricos da população americana e às suas  empresas. Crédito fácil, muitas vezes, leva a uma  má despesa. Agora, os 6 milhões de milhões   de gastos  assim feitos foram-se, nada fica deles, como nada fica das neves de inverno quando se derretem  e, de tudo isso, é apenas a  dívida que nos fica .

Parece-nos  que os défices irão continuar a aumentar a dívida , talvez a um menor ritmo com a economia a crescer  lentamente, com o pequeno aumento dos  impostos a partir de Janeiro e (talvez) se realizem  cortes adicionais na despesa pública.  Ou a economia pode evoluir ainda mais lentamente do que estamos a admitir aumentando-se então mais os  défices. O pior cenário é o de que nos poderemos transformar num Japão  , onde apenas os enormes défices praticados  e as taxas de juros a zero mantiveram uma economia estável desde há duas décadas — mas com esta situação sem fim à vista.

De qualquer forma podemos contar com um fluxo constante de garantias de que a economia é saudável e que os défices não são um problema.  Os défices orçamentais   são o ópio das massas.

Curiosamente, Karabell falou de modo algo diferente em 2009

Voltando a 2009, quando os défices  foram desesperadamente necessários  para estabilizar a economia, Karabell preocupou-se   com os défices: “DeficitsandtheChineseChallenge“, Wall Street Journal, 12 October 2009 — “Debt can become a real liability for a superpower. Recall what happened to postwar Britain.”

For More Information about government debt

  1. A      certain casualty of the recession: the US Government’s solvency, 25 November 2008
  2. Everything      you need to know about government stimulus programs (read this – it’s      about your money), 30 January 2009
  3. Government      economic stimulus is financial heroin, 28 December 2009
  4. The limit to      America’s power is our ability to pay for it, 18 April 2011
  5. About America’s      economic recovery: the good news and the bad, 1 May 2012
  6. America is rich      and powerful because we can borrow. Willthisdebtbuild a      strongerAmerica?, 5 June 2012
  7. US economic      update. Everything that follows is a result of what you see here., 8 June 2012
  8. America’s      strength is an illusion created by foolish borrowing, 10 October 2012
  9. Ed      Dolan Asks: What Does it Mean for Fiscal Policy to be “Sustainable”? MMT      andOther Perspectives, 30 November 2012
  10. Let’s      watch a great nation’s wealth burn away, 4 January 2013

 

 

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