POEMA – por Adão Cruz

 Um Café na Internet

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Persegue-me a impossibilidade de escapar

Faltam-me as pernas o tempo e o caminho

Cada dia é um mundo oferecendo-me todos os frutos que não sei colher

Cada cidade é um labirinto por onde não sei andar

Cada porta um vão que se abre para os confins da noite.

A minha fragilidade é a metade de um sonho inacabado

A outra metade a pintura que tento na manhã desperta

A caminho de Belvedere onde me espera Egon Schielle

Num enorme salão tendo ao fundo uma mulher jovem.

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