3 de Janeiro de 2014
Via Facebook Apoio aos Trabalhadores da Saúde 24
Após cerca de 16 dias de ausência de resposta por parte da administração da LCS, os trabalhadores da Saúde 24 reuniram ontem em plenário, simultaneamente em Lisboa e no Porto. As múltiplas tentativas de comunicação e as atitudes divergentes da administração conduzem os trabalhadores a um momento de profunda reflexão.
As pessoas que trabalham na Saúde 24, mantendo a permanente disponibilidade para negociação, têm sido alvo de constantes ameaças e tentativas de coacção para aceitar condições que humilham o seu trabalho diário. Mantém-se igualmente a constante ameaça de substituição de cerca de 75% dos 400 enfermeiros, tendo a LCS já iniciado processo de recrutamento de novos enfermeiros, sem qualquer experiência na triagem de sintomas e encaminhamento.
Existiu um trabalho junto das entidades competentes da tutela, nomeadamente a DGS, Ministério da Saúde, Comissão Parlamentar da Saúde e Grupos Parlamentares, para sensibilização e debate públicos da situação. Simultaneamente, multiplicaram-se as iniciativas de solidariedade pela nossa situação e recebemos centenas de mensagens de solidariedade e reconhecimento pelo trabalho que fazemos na linha.
Por outro lado, a administração da LCS recusou a via negocial e endureceu a posição de força. Irredutíveis na defesa da sua dignidade e na dignidade do serviço, os trabalhadores, incluindo os elementos mais antigos do serviço, com mais de 10 anos de experiência, estão a ser ameaçados directamente com a represália mais severa: o despedimento, esquecendo anos de empenho, que conduziram ao crescimento exponencial da linha.
Os trabalhadores apelaram múltiplas vezes à rápida intervenção da Autoridade das Condições de Trabalho, alertando para a subida de tom ameaçador da administração. Ainda aguardando a inspecção das condições contratuais ilegais, as pressões mantiveram-se a agravaram-se.
Perante a ameaça iminente de despedimentos, os trabalhadores reunidos em plenário demonstram a sua disponibilidade inequívoca para parar o funcionamento da Linha de Saúde 24, se se materializarem as ameaças.
3 de Janeiro de 2014