RETRATOS COM HISTÓRIAS – MARIA LAMAS – POR EDUARDO GAGEIRO

Imagem1

Imagem1

Maria Lamas. 1976. “Só depois do 25 de Abril é que veio para Portugal, daí a data da fotografia”.

Ligada activamente à Oposição Democrática durante o Estado Novo, esta conhecida escritora e jornalista fez parte da direcção do MUD e, desde os anos 40, pertenceu à Federação Democrática Internacional de Mulheres. Entre 1962 e 1969 viveu em Paris como exilada política. Aqui desenvolveu intensa actividade, sendo relevante o seu apoio a portugueses refugiados. Só depois do 25 de Abril de 1974 se filiou no PCP, do qual, porém, era simpatizante desde longa data. Na sua extensa actividade literária utilizou diversos pseudónimos: Maria Fonseca, Serrana d’Ayre (alusão à sua origem de Torres Novas), Rosa Silvestre e Maria Vargas, este último usado na antologia italiana “Poesia africana di rivolta” (1969). Conhecida pelas suas muitas obras dedicadas à infância, ficou-nos como estudo etnológico de referência o volume “As Mulheres do meu País”. Trabalhou como jornalista em diversos jornais e revistas, destacando-se a sua intervenção no suplemento “Modas e Bordados” do jornal “O Século” ou na revista “Mulheres”, de que foi directora. (MS)

Leave a Reply