Selecção e tradução por Júlio Marques Mota
Deux Français sur trois ont peur le matin en allant au travail
Caroline Piquet – Le Figaro – 7 de Março de 2014
Texto enviado por Philippe Murer – do Forum Démocratique
Os Franceses têm sobretudo medo da pressão hierárquica, da carga de trabalho mas também de dirigir a palavra ao seu patrão, de acordo com um estudo publicado pelo sítio de recrutamentos Meteojob.
Os Franceses estarão atingidos de fobia aguda ao trabalho? Dois em cada três franceses afirmam ter medo de manhã em irem para o trabalho, de acordo com um inquérito publicado pelo sítio de recrutamentos Meteojob e realizado em Fevereiro passado. As principais razões: a pressão hierárquica (27,7%), o medo de chegar com atraso (25,3%), razões estas seguidas logo a seguir pela carga de trabalho (21,4%) ou ainda pelo medo de fazer um qualquer erro (18,6%). Os proprietários também são também temidos pelos assalariados, em que são 18,9% dos inquiridos a temerem uma troca de palavras com o seu superior hierárquico.
O mal-estar é tal que são 58% dos inquiridos a afirmarem que vão para o trabalho dizendo-se a si-próprios : “Faço este trabalho porque não tenho escolha.” Na mesma linha de sentimentos, são 18% os que dizem começar o seu dia a pensar que se vão angustiar no local de trabalho . Apenas 16% das pessoas interrogadas pensam pelo contrário que vão passar um bom dia e 3% dizem que vão “ rebentar”.
Um assalariado sobre dois tem medo de perder o seu emprego em 2014.
Outra informação deste estudo: perto de um assalariado em cada dois (45,2%) tem medo de perder o seu emprego em 2014. Para 34,7% dos sondados, esta angústia está sobretudo ligada ao mau contexto económico da França e para 28,7%, à má saúde da sua empresa. À pergunta “Qual o factor que o poderia fazer temer perder o vosso emprego? ”, 21,6% respondem que não se sentem no seu lugar.
O presidente de Meteojob, Marko Vujasinovic, não ficou surpreendido com estes números. “A situação económica tem muito a ver com tudo isto. Não temos crescimento económico desde há cinco anos e tem-se um problema de competitividade que se tenta compensar por uma grande produtividade ao trabalho.” Resultados, os assalariados sofrem forte uma pressão hierárquica em empresas que se têm tornado menos rentáveis.
Não é necessário supor que os Franceses são muito refinados
Marko Vujasinovic, président de Meteojob
Os resultados do inquérito efectuado junto de pessoas fora de posto de trabalho mostram igualmente a angústia ligada ao mundo do trabalho. 80,9% dos inquiridos temem não reencontrar trabalho em 2014. E a razão apesar das suas tentativas de encontrar emprego, mais de 50% afirmam não o terem encontrado . Outros pensam que não reencontrarão trabalho porque estão no desemprego desde há mais de 6 meses (40,9%), porque as empresas não recrutam (34,7%) ou porque perderam confiança neles (19%).
Em contrapartida, são 48% a pensar que há oportunidades de postos sobre o mercado de trabalho mas que não estão prontos para os aceitar. 60,7% dos inquiridos estão prontos para recusar um emprego porque é demasiado afastado do seu domicílio. 25% podem recusar um trabalho se considerarem que não são suficientemente bem pagos ou se o posto não for interessante. “Mas não é necessário acreditar que os Franceses são esquisitos, insiste Marko Vujasinovic. 61% pensam mesmo assim que vale mais um trabalho mal pago do que não ter trabalho nenhum.” Com efeito, mais de 80% das pessoas inquiridas estariam prontas para aceitar um trabalho com um salário líquido no mínimo de 1500 euros por mês e um terço de entre eles com um salário inferior, de 1100 euros líquidos
Ver link: