Retrato de Luís de Camões por Fernão Gomes, em cópia de Luís de Resende. Este é considerado o mais autêntico do retrato do poeta, cujo original, que se perdeu, foi pintado ainda em sua vida.
Nota prévia:
Para ouvir os poemas (os recitados e os cantados), há que aceder à página
Poema (soneto) de Luís de Camões (in “Rimas”, edição de 1616)
Recitado por Ary dos Santos* (in LP “Líricas de Camões ditas por Eunice Muñoz e J.C. Ary dos Santos”, Guilda da Música/Sassetti, 1971, reed. CNM, 2010; “Luís Vaz de Camões por Ary dos Santos e Eunice Muñoz”, CNM, 2011)
Erros meus, má fortuna, amor ardente em minha perdição se conjuraram; os erros e a fortuna sobejaram, que para mim bastava amor somente.
Tudo passei; mas tenho tão presente a grande dor das cousas, que passaram, que as magoadas iras me ensinaram a não querer já nunca ser contente.
Errei todo o discurso dos meus anos; dei causa a que a Fortuna castigasse as minhas mal fundadas esperanças.
De amor não vi senão breves enganos. Oh! quem tanto pudesse, que fartasse este meu duro génio de vinganças!
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