Joaquim Letria – Sem Papas na Língua é o novo livro de Dora Santos Rosa, fruto de uma série de conversas com uma personalidade incontornável do jornalismo português, no papel de entrevistado. A obra foi lançada ontem, quinta-feira, 10 de Julho, no 7.º piso do El Corte Inglés de Lisboa, com a apresentação do jornalista e escritor António Mega Ferreira. O livro é prefaciado por António Ramalho Eanes, Presidente da República de quem Joaquim Letria foi porta-voz, e de Fernando Dacosta, jornalista e escritor.
“Sem papas na língua” (como o nome de um programa de rádio de Joaquim Letria, que serve também de título ao livro), o jornalista revela as relações entre a comunicação social e o poder, conta as histórias que viveu nas redacções onde passou ou que ajudou a formular, e explica em primeira mão momentos da História Contemporânea – em especial relacionados com o 25 de Abril e os tempos de tumulto que se seguiram.
No meio século que leva de profissão, Joaquim Letria passou por alguns dos mais importantes meios de comunicação social nacionais e estrangeiros, fundou jornais e revistas e foi responsável por projectos editoriais que marcaram o percurso da imprensa portuguesa. Introduziu novos formatos jornalísticos no País, como o Tal & Qual, primeiro tablóide, a revista Sábado, primeira newsmagazine, vários programas que trouxeram o modelo do phone in para a rádio, ou os primeiros talkshows em televisão. À margem de cumplicidades ou corporativismos, Joaquim Letria fala abertamente de todos os assuntos relacionados com a vida profissional, o que faz desta obra um registo basilar para a História do Jornalismo em Portugal.
Biografia de Joaquim Letria: Joaquim Letria nasceu a 8 de Novembro de 1943, em Lisboa. Em 1960, com 16 anos de idade, filiou-se no Partido Comunista Português, desvinculando-se em Outubro de 1968, após a invasão de Praga. Iniciou a carreira de jornalista em 1963, no Diário de Lisboa. Foi repórter internacional da agência The Associated Press e correspondente da Deutsche-Presse Agentur até 1970. Ian Watson convida-o mais tarde para comentador do jornal The European. Mudou-se para Londres depois de ter sido seleccionado para a BBC, regressando a Portugal em 1974 para dirigir a informação da RTP pós-25 de Abril. Fez parte da equipa criadora do Expresso, concebeu e fundou O Jornal, o Tal &Qual e a revista Sábado. Criou, escreveu e dirigiu muitos outros jornais e revistas e foi autor e apresentador de múltiplos programas de rádio e televisão. Foi eleito presidente do Sindicato dos Jornalistas. Porta-voz do Presidente da República General Ramalho Eanes, representou-o junto de outros chefes de Estado.Durante mais de 20 anos como professor convidado, ensinou na Escola Superior de Jornalismo (Porto), na Universidade Independente e na Universidade Autónoma de Lisboa, integrando actualmente o corpo docente do Instituto Superior de Ciências da Informação e da Administração (ISCIA) de Aveiro.
Biografia de Dora Santos Rosa: Dora Santos Rosa nasceu a 12 de Abril de 1971, em Lisboa. Licenciada em Ciências da Comunicação, tem feito o seu percurso profissional entre o exercício do jornalismo, maioritariamente como freelancer, e a assessoria de imprensa. Trabalhou para publicações como a Notícias Magazine (suplemento do DN e JN), DNa (antigosuplemento do DN), Activa, 24 Horas, Rotas e Destinos, Caras, Nova e Imobiliária, entre outras.TVI e ZDF/ARTE são estações televisivas com asquais colaborou. Foi assessora de imprensa na Caritas Portuguesa, tendo depois transitado para o gabinete do Ministro da Segurança Social, da Família e da Criança. Actualmente exerce essas funções na Santa Casa da Misericórdia de Lisboa. Publicou os livros O Berço da Adopção – Histórias de Amor (edição SCML, 2010), Museu de São Roque – Relíquias da Arte e da História (edição SCML,2010) e, em 2013, Renascer em Alcoitão (ediçãoSCML), trabalhos que integram a colecção “Cadernos Solidários”, de que é autora. Tem no prelo História da Menina, do Gato e o Pássaro e Os Dias de Um Traço, livros com que seestreia na literatura infantil.
