Declaração do PEN Clube Português sobre a adesão da Guiné Equatorial à CPLP

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   É com a maior apreensão que uma organização como o PEN Clube Português, defensora da liberdade de expressão, bem como do respeito pelos direitos humanos e da criatividade da língua portuguesa nas suas variantes, constata que a CPLP acaba de admitir como membro a Guiné Equatorial, um país que apenas tem o português como terceira língua, em que os direitos humanos são violados constantemente e em que a pena de morte não foi legalmente suspensa, mas apenas sujeita a uma moratória, porventura destinada a neutralizar as críticas que se fazem ouvir nos países que compõem a CPLP.

   Neste sentido, o PEN junta-se a vozes de todos os quadrantes políticos na exigência à CPLP de uma maior respeito pelos direitos humanos, pela liberdade de expressão por parte dos seus membros e em particular à Guiné Equatorial, bem como uma maior transparência em relação à política da língua portuguesa, que não deve ser nunca contrapartida para trocas comerciais ou resgates financeiros, uma vez que se trata de um valioso património que evolui com o uso que todos os falantes e escreventes dela fazem, nas suas variantes e em toda a liberdade.

Lisboa, 24 de Julho de 2014

 

A Direcção do PEN Clube Português

1 Comment

  1. Ok! Eles falam petrologuês, que é muito parecido. Quanto aos atropelos dos direitos humanos, não é o que se faz por cá a coberto da legitimidade do estado de direito? (… De direito para uns, sinistro para outros…)
    Eu sei! Correm por aí zum-zuns de antropofagia e outras abominações, mas pensem,,, Conseguem perceber a oportunidade que isso representa? É interessante, não é? ahahahahahaha

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