Já aqui falámos da exposição patente na Fundação Gulbenkian até dia 7 de Setembro, “Artistas Comprometidos? Talvez”. Está Integrada no programa de Cultura Contemporânea, Futuro Próximo, dedicado à investigação e criação na Europa, em África, na América Latina e Caraíbas. Iremos falar de alguns dos artistas que a compõem.
Hoje, cabe a vez a Celestino Mudaulane. nasceu em Lourenço Marques, hoje Maputo, Moçambique, 1972. Concluiu o nível médio de Cerâmica na Escola Nacional de Artes Visuais de Maputo em 1992, onde é docente desde 1993.
Foi membro fundador do Movimento de Arte contemporânea de Moçambique, Muvart. Tem inúmeras exposições Individuais, em Lisboa, Maputo, Angola, Brasil, Cabo Verde.
Também faz esculturas e as suas pinturas têm a mesma intensidade e labor que as esculturas monumentais. As suas fontes de inspiração são os aspectos sociopolíticos mais excessivos da cultura contemporânea em Moçambique, com uma releitur do primitivismo.
A propósito da sua obra apresentada disse: “A ganância continua no seu trilho, os contrastres entre os seres humanos agudizam-se, o fantasma da guerra não quer descansar, as religiões potenciam o palco dos conflitos armados, as trágicas migrações sucedem-se e a periferia já não consegue chorar. É desejo meu poder contribuir para melhorar as relações entre as pessoas e nações”.