CLEMENTINA – Poema de Manuela Degerine carlosloures12 de Setembro de 201411 de Setembro de 2014Literatura Navegação de artigos PreviousNext Nunca viste mais gordo, Clementina Aquele amigo de um amigo aqui Ao teu lado sentado, convencido De tamanhas venturas ter valido Por Nisa e Nazaré, Nagasaki, Nas praias e à beira da piscina. Não preveniste: é ácido o teu fruto Clementina Clementina Não tiveste a clemência que atina. Aquele amigo de um amigo além Quer-te a casa levar, mas tu não mentes, Preferes caminhar, ele persiste E, apenas no carro, sem mais chiste, Unhas e dentes, planos evidentes, Tu mostras fúria e força, idem. Não preveniste: é ácido o teu fruto Clementina Clementina Não tiveste a clemência que atina. Talvez não sejas Hércules, menina No entanto o amigo do amigo Solta berros e ais, as minhas costas, Calculas estas manhas predispostas Fernão Mendes em tão grande perigo… Mas chama o 112, Clementina! Não preveniste: é ácido o teu fruto Clementina Clementina Não tiveste a clemência que atina. Ilustração – quadro de Dorindo Carvalho Share this:FacebookTwitterLinkedInWhatsAppEmailMorePrintLike this:Like Loading...