É um festival que acontece de novo, numa sexta edição, em São Bento, Poço dos Negros e Santa Catarina. Através do seu programa intercultural e multidisciplinar, o TODOS celebra desta vez a democracia portuguesa, 40 anos depois do 25 de Abril. Porque o POVO de Lisboa é feito de muitos povos.
A Casa das Brincadeiras já abriu abre as portas a Todos: aos pequenos, mas trazendo pelas mãos os graúdos. E já está pronta e à espera de Todos na Rua Nova da Piedade, em frente à Assembleia da República.
Nesta casa construída a partir de um vazio nada se deixa só, nem as crianças a brincar, nem os jogos, nem os brinquedos ou objectos de brincadeira, que são afinal a sua mobília.
A partir do tal espaço vazio (no caso, Rua Nova da Piedade, nº 66, em 7 salas), construiu-se uma instalação adaptada às medidas dos seus quartos, transformando-a numa experiência plástica e lúdica única. A mobília passou a ser mobília de rir, de deitar, de experimentar e de não querer sair.
A Casa das Brincadeiras será, assim, um belo local para as famílias exercerem. Para estimularem o bem estar, a ludicidade e a criatividade na interacção com os outros, sejam eles crianças ou adultos.
É também um espaço propício para se desafiarem, as famílias, dentro de si, para se questionarem dentro das brincadeiras e dos desafios, para se confundirem de risos com as interrogações e as respostas.
E esta casa também se propõe ainda a elevar os níveis de comunicação, o que não passa, necessariamente, pela sofisticação do meio com que se passa a mensagem. Com a Árvore dos Segredos, que é um objeto plasticamente muito atrativo, um sistema antigo de tubos permite uma experiência divertida e inesquecível de partilha e diálogos.
Casa das Brincadeiras
Instalação de Inês Guedes de Oliveira, Nuno Guedes e Ana Carvalhosa, com o apoio da Universidade de Aveiro
12 e 13 Setembro: 15h00 – 19h00
14 e 15 Setembro: 11h00 – 19h00 (encerra das 13h00 às 15h00)
Rua Nova da Piedade, 66
Entrada Livre sujeita à lotação do espaço
Frases do bairro, um novo património
Um mural e 17 caixas da electricidade, Rua de São Bento abaixo (começa em frente ao número 260 e termina na esquina com a Rua Pedro Dias). Entre a palavra e o silêncio, a Arte Urbana no Todos inscreve-se em quatro línguas – crioulo, croata, hindi e português – evocando a origem caligráfica do graffiti, com o writera traçar o seu ‘tag’ (assinatura), o seu alter-ego artístico, na malha da cidade.
As frases ditas no bairro vêm de muitos sítios. Têm muitas cores, muitos cheiros, muitos sons. Muitas línguas. Chegam de muitos lados. Cruzam-se. I’m from Lisboa, aka Armando Costa Gomes, e Corleone, aka Pedro Carpiche, meteram a mão num saco chamado mundo e escolheram três. “Eram as que visualmente jogavam melhor com o que fazemos”.
Eram frases de um bairro-mundo, passaram para as mãos dos artistas da rua e instalam-se por estes dias, preparando-se para o festival. Quando o TODOS arrancar oficialmente, haverá palavras, frases que deambulam entre o que dizem e o silêncio. Haverá já um novo património no bairro, portanto.
O mural, maior, obra imponente de cerca de 22 por sete metros (fica mais ou menos defronte do número 260 da Rua de São Bento.
http://festivaltodos.com/descarregar-programa/