UMA CARTA DO PORTO – Por José Magalhães (67)

CARTA DO PORTO

 

 

MANOEL DE OLIVEIRA

MANOEL DE OLIVEIRA
MANOEL DE OLIVEIRA

Uma das maiores glórias da cidade (e do País, evidentemente), Manoel de Oliveira faz hoje 106 anos.

Na comemoração do seu aniversário, estreia, no Rivoli, o seu último filme, rodado ainda este ano.

O Homem não pára!

PARABÉNS, MANOEL DE OLIVEIRA.

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FALAR, ESCREVER E FOTOGRAFAR O PORTO

Anda cada vez mais gente a escrever sobre o Porto.

Anda cada vez mais gente a fotografar o Porto.

Anda cada vez mais gente a falar do Porto.

E isso é bom!

Num casos bem e noutros melhor, todos eles o fazem com muito amor à nossa cidade.

 

EVOCAÇÃO DOS 120 ANOS DO NASCIMENTO DE MAGALHÃES BASTO

CONFERÊNCIA REALIZADA ONTEM, 10 DE DEZEMBRO DE 2014, NO CASTELO DA FOZ

Foram conferencistas:
Hélder Pacheco
Germano Silva
José Valle Figueiredo
Carlos Furtado

Foi admirável ouvir estes quatro testemunhos. Um, por ser neto do Dr Magalhães Basto e nos falou de relações familiares, e os outros pela qualidade do que nos conseguiram transmitir sobre a vida e a obra do dr Artur de Magalhães Basto, um dos maiores historiadores da nossa cidade.

Como sempre, tanto o dr José Valle Figueiredo, como o Professor Hélder Pacheco, como também o dr Germano Silva, nos maravilharam com as suas histórias, e os seus modos de falar, simples e perfeitamente compreensíveis.

Está de parabéns a União de Freguesias de Aldoar, Foz do Douro e Nevogilde, nas pessoas do seu Presidente dr Nuno Ortigão e da dra Maria Lacerda, e a Foz Literária, através do seu Presidente dr José Valle de Figueiredo, por esta iniciativa chamada CICLO FOZ LITERÁRIA – Roteiro Literário da Foz, que terá , no próximo dia 21 de Janeiro, mais uma conferência, desta vez pelo dr Manuel de Novais Cabral,  subordinada ao tema – Homenagem ao Padre Luís Cabral.

 

MIJA-VELHAS E A REVOLUÇÃO DE 1820

Quando na semana passada aqui falei na forca do Porto, já era minha intenção falar, mais um pouco, de Mija-Velhas.

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O hoje chamado Campo de 24 de Agosto, tem uma vida recheada de nomes e de serviços à cidade.
Até meados de 1700 era mija-Velhas (ainda o era em 1714, aquando da ida da forca para a Praça da Ribeira), depois e durante pouco mais de 100 anos, passou por ser denominado Poço das Patas, Campo da Feira do Gado (por volta de 1833) e Campo Grande (em 1839), até que, em 1860, a 1 de Agosto, se entendeu (por decisão camarária) dever chamar-se de Campo de vinte e quatro de Agosto, em homenagem à Revolução Liberal de 1820.
(Esta revolta, iniciada no Campo de Santo Ovídeo – depois Campo da Regeneração, após a insurreição militar de 1 de Maio de 1851, e mais tarde, com a implantação de República, Praça da República como homenagem à revolta de 31 de Janeiro de 1891, contou com larga participação de comerciantes e magistrados e com adesão popular. Revoltavam-se contra o regime absolutista conduzido por uma regência do reino que era controlada pelos ingleses. A revolta, abriu caminho à aplicação em Portugal dos valores do liberalismo. Na sequência do movimento constituiu-se no Porto a Junta Provisional do Governo Supremo do Reino, constituído por numerosas personalidades – Fernandes Tomás e Ferreira Borges eram dois de entre eles – que em seguida, marcharam rumo a Lisboa, com o objectivo de provocar a queda da regência e fazer chegar a todo o País o revolução liberal.)

FONTE DE MIJA-VELHAS
FONTE DE MIJA-VELHAS

Até esta altura, finais do século XIX, não havia abastecimento de água ao domicílio. Quem não possuísse poços privados, tinha de se abastecer de água nas fontes e chafarizes que se encontravam espalhados pela cidade.
Estas fontes e chafarizes eram abastecidos por vários cursos de água. Entre estes estava o manancial ou aqueduto do Campo Grande, e uma das fontes que beneficiava da água daquele aqueduto era a Fonte de Mija-Velhas.
A fonte ficava situada onde hoje se encontra a estação de metro do Campo de 24 de Agosto. Lá dentro, a alguns metros abaixo do nível que hoje conhecemos, podemos encontrar o antigo chafariz e reservatório (Arca de Água de Mija-Velhas), reconstruído de molde a ser uma memória histórica daquele sítio.
Ao lado da fonte, abastecidos pelas águas que sobravam, havia lavadouros públicos, dos melhores que a cidade tinha.

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Nos dias de hoje

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O centro da Praça está ocupado pelo Jardim com o mesmo nome. Este jardim, com um lago e um miradouro, foi criado entre 1912 e 1914. A escultura representando Afonso Costa, esteve durante muitos anos no extremo norte deste pequeno jardim triangular. Neste jardim, podemos encontrar cedros, camecíparis, plátanos e jacarandás, muitas deles existentes desde a data da sua criação.
O Campo de 24 de Agosto estende-se até ao Palacete dos Cirnes, edifício datado de 1812, onde actualmente está instalada a Junta de Freguesia do Bonfim.

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No outro estremo, no poente, existe um dos últimos balneários públicos da cidade. É lá que os mais pobres (moradores de casas antigas sem casa de banho, sem-abrigo, etc.), podem, a preços módicos, tomar banho, com serventia de toalha (pago como extra e acrescentado ao preço do banho) e de um pouco de sabão (não pago). Embora este possa ser um dos indicadores da pouca saúde económica do nosso País, é uma forma das entidades públicas contribuírem para o bem-estar social, e é também uma razão para se poder dizer que, de uma forma ou de outra, só anda sujo quem quer.

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ACERCA DE JÓIAS

 

Nesta quadra natalícia, procuramos, com afinco, peças bonitas para oferecer a quem nos merece essa atenção.

Nessa minha demanda, descobri esta artesã que me maravilhou com os seus trabalhos, de muita qualidade e extremo bom gosto, e que não hesitei em vos mostrar.

[Colares – pulseiras.  As jóias não têm que ser sempre em ouro, prata e brilhantes . O conceito de jóia, varia de acordo com a personalidade e gosto da pessoa.] – diz na sua página de Facebook, que vos convido a visitar, a apreciar e a encomendar.

 

Colares de Gabriela Pinto da Costa
Colares de Gabriela Pinto da Costa

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3 Comments

  1. Com 105 anos de idade Manoel de Oliveira destinou o dia 10.Abril.2014 para as filmagens do seu novo filme – O Velho do Restelo – no novo Molhe Norte da Barra do Douro.
    O Ciclo Foz Literário tem sido um sucesso. No próximo dia 23 estarei no Castelo da Foz a ouvir falar sobre RAMALHO ORTIGÃO.
    Na Foz do Douro existe um Balneário Público – CMP – que tem bastante frequência.

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