Quando chegam ao Poder as ideologias têm, finalmente, espaço para se porem em prática. Quem escolhe o Poder que vai governar o país é o Povo porque vivemos em Democracia.
Porque vivemos em Democracia o Povo tem o direito à informação, mas muitas vezes é desinformado por quem diz que é sua obrigação informar. Mas o que informa?
O que acha melhor para obter votos, para se sentar na Cadeira do Poder.
Promete o que alguns gostam de ouvir e agride verbalmente o anterior governo.
No dia seguinte às eleições, as primeiras medidas que toma são o contrário das promessas.
E porquê? Porque sabia que estava a mentir e porque se escudou no governo anterior e, por isso, não pode cumprir o que prometeu.
Era uma vez um país, que fica debaixo dos pés dos seus cidadãos e cidadãs que têm o condão de desvalorizar tudo o que fazem, dos quais a sua auto-estima fugiu para as nuvens. Estes homens e estas mulheres foram valentes em tempos idos, lutaram corpo a corpo nas ruas para defenderem os seus ideais, foram presos e torturados, viveram na clandestinidade….
Mas o país que lhes fica debaixo dos pés parece ter cedido às diferentes vagas políticas. Não está comprometido, mas adormecido pelo marulhar do oceano e pelo canto das sereias.
Os poderosos cometem fraudes públicas e privadas, mas andam por aí com a complacência da justiça, da governação, da opinião pública, mas quem rouba um shampô tem que responder perante a justiça e a população e ou é detido ou paga multa e como dinheiro não tem…
O país que lhes fica debaixo dos pés enche o peito de patriotismo quando alguém é reconhecido, pela Europa, pelo cargo político que vai desempenhar, mesmo que para isso tenha abandonado o país, enquanto primeiro Ministro eleito. O país da vizinha é sempre melhor do que o meu!
Esse país tem ricos, muito ricos e tem pobres, muito pobres.
A terra, o mar, as pastagens, a indústria, as exportações, a Educação, a Saúde, a Habitação, a justiça, a natividade, a longevidade, a idade activa têm como seguro o inseguro, lutam por uma vida melhor, mas em surdina, pois o desemprego espreita em cada esquina…e lá continua o Poder daquele que insinuou que era um político diferente do outro que o antecedeu.
O país ficou pálido de vergonha. É tão fácil pontapear quem está no chão!
Os políticos não são todas iguais, são as pessoas que se pautam por valores diferentes. Já assistimos a dois primeiros ministros que durante uma parte difícil da sua vida familiar continuaram a governar sem que ninguém soubesse que tinham familiares, bem próximos, muito doentes e que acabaram por falecer. Foram pessoas que consideraram não revelar a sua íntima fragilidade com os importantes cargos políticos que desempenhavam.
Não somos todos iguais, uns têm caracter e pudor; uns sabem que a vida privada não tem que andar na vida pública e outros não.
Como foi possível divulgar à Agência Lusa que a esposa está com uma doença oncológica e, por isso, quer que a comunicação social tenha respeito pela sua vida privada!
Quem divulgou a doença? Porquê especificar o tipo de doença?
Eu penso saber porquê, mas nem me atrevo a escrever, porque a ser verdade é tão hediondo que dispensa palavras.
Desejo as rápidas melhoras a todos os doentes deste país que nos fica debaixo dos pés.
Desejo que o Serviço Nacional de saúde trate delas sem discriminações.
Desejo que haja médicos e enfermeiros em número suficiente.
“Porque vivemos em Democracia” Tenho de perguntar se estará convencida disso. Se está isso só significa que o banditismo imperante é um seu produto resultante. Os efeitos que estão à vista de todos os Portugueses são capazes de falar pelas causas. Não pretendo dar-lhe a minha opinião mas permito-me citar o falecido Professor Doutor Magalhães que, já há muitos anos, afirmava por escrito, “em Portugal não há Democracia”.CLV
“Porque vivemos em Democracia” Tenho de perguntar se estará convencida disso. Se está isso só significa que o banditismo imperante é um seu produto resultante. Os efeitos que estão à vista de todos os Portugueses são capazes de falar pelas causas. Não pretendo dar-lhe a minha opinião mas permito-me citar o falecido Professor Doutor Magalhães que, já há muitos anos, afirmava por escrito, “em Portugal não há Democracia”.CLV