Foi preciso vir o FMI afirmar que sem uma reestruturação da dívida não há saída sustentável para a Grécia – só empobrecimento e declínio dum lado enquanto o outro acumula juros sobre juros – que, sem aquela, nunca terá condições para a pagar tal e qual.
Com afirmações destas ainda nos arriscamos a ver o FMI acusado de perigoso radicalismo e de infiltração ou contaminação syrista.
Provavelmente é o que pensa a troika lusa – Passos, Portas, Cavaco – adoradores do germano, com o tique de pequeno huno do quem não está comigo deve expiar os pecados e ver a luz ou sofrer.
Na ânsia de repetir e procurar convencer que não há alternativa, o governo do PP (Passos-Portas) e acólitos afirmam que outros teriam tido de fazer o mesmo que eles fizeram.
Para além da deriva para-ditatorial da negação da existência de alternativas – há sempre alternativas, por mais criticáveis ou indesejáveis que possam ser para alguns – dizerem que qualquer governo teria de fazer o mesmo é tirar qualquer crédito à sua própria acção – incultos e incompetentes nem disso se dão conta – afinal tanto fazia o governo serem eles ou um bando de orangotangos.
Desta nem o outro PP (o Presidente Pateta) os safa, apesar da contínua campanha partidária que faz, em abuso do cargo, e de partilharem o mesmo pânico de que a Grécia possa mostrar existir outro caminho.
Esperemos que a desilusão seja deles e não nossa. Bem precisamos.
Essa do PP merece ficar registada nos anais da Historia lusa, CLV