UMA CARTA DO PORTO – Por José Magalhães (97)

A CIDADE ONDE TUDO ACONTECE

É no Porto que tudo acontece.

É no Porto que tudo se passa.

É no Porto que podemos e devemos passar as nossas férias.

Sejamos turistas na nossa cidade, e visitemos o que ela tem para nos oferecer (temos de escolher bem, já que a oferta é tanta que nos será impossível ir a todo o lado).

 

MÁRIO VITÓRIA

Tive o privilégio de, ontem, ir visitar o estúdio de Mário Vitória. Terá sido, provavelmente, dos melhores momentos dos últimos tempos.

Levado por mão amiga lá me dirigi ao antigo armazém de vinhos, em Campanhã. À entrada, fomos recebidos pelo artista, natural de Coimbra que estudou, vive e trabalha no Porto. O magnífico espaço estava forrado com telas, objectos e quase esculturas. Todos de tamanho considerável. A pintura estava por todo o lado, em todas as peças, envolvendo-nos.

Na sua pintura interventiva e criadora de novos mundos, agora multicolores, Mário Vitória é violento e sofredor e usa o pincel para criar uma atmosfera fantástica, surrealista, metafórica e tridimensional, pintando o que não se vê, como denúncia da realidade e do caos, mas tornando-a mais real do que a própria realidade.

A visita a este atelier e conhecer a obra deste artista, é importante e imprescindível.

Fica na Rua de Pinto Bessa, nº135, em Campanhã.

 

FÉRIAS

Estamos em férias, pelo que  vamos apreciar algumas fotografias do Porto.

 

 

NO ENTANTO:

IRÁ O FAROL / CAPELA DE SÃO MIGUEL-O-ANJO TER UMA NOVA VIDA?

Estará a sua reabilitação para breve? Irão devolver-lhe a importância que teve e merece voltar a ter?

Apesar de estar classificado como Imóvel de Interesse Público desde 1951, o Farol mais antigo de Portugal (construído em 1528 por ordem de D. Miguel da Silva) está fechado e em muito mau estado de conservação.

Parece já existir um projecto para a recuperação, antigo e desadequado, pelo que espero que o bom senso prevaleça e que as obras de beneficiação da Capela, a realizar pela Direcção Regional de Cultura do Norte, incluam a destruição da Estação Semafórica e do edifício adjacente, construídos no século XIX, este em 1841 e aquele um pouco mais tarde. Estarão também envolvidos no protocolo a assinar hoje, a Associação Comercial do Porto, que mandou construir a Torre Semafórica, e a Administração dos Porto do Douro e Leixões que tem a jurisdição sobre os terrenos que envolvem estas estruturas.

 

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