O Banco de Portugal (BdP) incumbiu o ex-secretário Sérgio de uma missão: vender o Novo Banco. Para isso o BdP vai pagar-lhe um vencimento mensal chorudo: 50 salários mínimos. Uma jogada de mestre. Assim, evita que Sérgio seja assediado pela REMAX e que a fachada da sede do Novo Banco exiba um letreiro com a cara do vendedor.
Além dos 25 mil euros a cada 30 dias o BdP, através do Fundo de Resolução(1), suportará algumas das responsabilidades a cargo do vendedor agora contratado. Como a Segurança Social, por exemplo.
Os “melhores” merecem todos os miminhos, evidentemente. E o ex-secretário é um craque a vender. Tal qual refere a nota do BdP tornada pública na última sexta-feira: “É um responsável de reconhecido mérito e elevada experiência em operações desta natureza, incluindo o acompanhamento do programa de transformação a implementar pelo Novo Banco, que é condição essencial” de êxito.
Como se vê, Carlos Costa já se esqueceu da polémica privatização da TAP que valeu ao Estado uns trocos e do ajuste directo com que o ex-secretário despachou os transportes públicos do Porto, que o novo governo promete revogar.
Fica provado, também, que o dr. Sérgio, tal como o dr. Catroga e muitos outros patriotas, também são vítimas da austeridade que foi imposta a todos pela dupla Passos & Portas, sob a batuta cúmplice do dr. Cavaco.
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Portugal continua a ser um lugar muito mal frequentado.