No próximo dia 24 de Janeiro temos eleições para escolher o presidente da república do nosso país. À partida, um dos candidatos apresentou-se com grande vantagem sobre os outros. Mas sem dúvida que alguém que observasse os debates que decorrem, sem conhecer os antecedentes dos candidatos, não perceberia facilmente as razões dessa vantagem. A campanha eleitoral oficialmente só começa no próximo dia 10 de Janeiro, e termina a 22. Mas na realidade já decorre há quase um ano, desde que começaram a aparecer anúncios de candidatura. Após um período de relativo eclipse, devido à realização das eleições legislativas, e a outros episódios com grande peso na vida do país, como o caso do Banif, a corrida voltou à primeira linha, com debates na televisão iniciados a 1 de Janeiro.
É verdade que com diferente visibilidade, na medida em que alguns debates são feitos na RTP, outros em canais acessíveis apenas por cabo ou banda larga (SIC Notícias e TVI24). Mas a sua realização é útil, no sistema vigente, na medida em possibilita ao público, aos portugueses em geral, conhecerem um pouco melhor personalidades que são ou aspiram a ser figuras de primeiro plano da vida nacional. Este conhecimento, para além de genericamente poder contribuir para uma desmitificação sempre necessária de pessoas que (não todas, é verdade) se procuram apresentar a uma luz favorável e convencer-nos de que são os mais capazes para exercer funções de grande responsabilidade, é de grande utilidade para se poder avaliar as propostas que são feitas, e futuramente poder compará-las com as posições que o vencedor vier a assumir. Claro que se deve ter em conta que a capacidade histriónica de alguns dos candidatos lhes confere vantagem neste tipo de debates, nunca sendo demais os alertas a este respeito.
Propomos que acedam aos links seguintes:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Elei%C3%A7%C3%B5es_presidenciais_portuguesas_de_2016
http://www.parlamento.pt/Legislacao/Paginas/ConstituicaoRepublicaPortuguesa.aspx#art120
Art.os 120º a 140º.
Caro editor, o título (“espectáculo”) parece-me um pouco desajustado do texto, texto que lembra, e bem a meu ver, que “…..Este conhecimento, para além de genericamente poder contribuir para uma desmitificação sempre necessária de pessoas que (não todas, é verdade) se procuram apresentar a uma luz favorável e convencer-nos de que são os mais capazes para exercer funções de grande responsabilidade, é de grande utilidade……..”