(d)EFICIENTES INDIGNADOS – SE QUER O MEU ESTACIONAMENTO FIQUE COM A MINHA DEFICIÊNCIA – A CULPA MORREU SOLTEIRA – NÃO FAÇA COMO ELE, POR FAVOR

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Felizmente, a esmagadora maioria dos portugueses percebeu, efectivamente, a importância da atitude do nosso futuro Presidente da República estacionar num lugar reservado a pessoas com mobilidade condicionada. Houve uma dimensão simbólica muito relevante neste gesto. A figura superior do nosso país, aquele que nos representará, fez o que muitos fazem, com a desculpa mais ou menos habitual: “tratou-se apenas de um momento para a reportagem da “SIC””. A polícia, até ficou com a chave e tudo. A polícia que deve garantir o cumprimento da lei. E a lei é muito clara: estacionamento só com dístico. Não faz menção a bocadinhos. Pode ter sido um bocadinho sim, podia ter sido muito reduzida a probabilidade de aparecer alguém com direito ao lugar. Mas então a lei? E a responsabilidade política e social daqueles que elegemos?

Os (d)Eficientes Indignados denunciaram, o que já corria pelas redes sociais, e escreveram uma objectiva e clara, carta aberta a Marcelo Rebelo de Sousa, aproveitando (sim) a situação para sensibilizar todos os portugueses sobre uma questão que tanto prejudica o nosso dia-a-dia. A comunicação social percebeu isto e as notícias multiplicaram-se (Diário de Notícias, Jornal de Notícias, Correio da Manhã, Observador, Jornal de Negócios, etc). O futuro Presidente da República, passou uma mensagem de desleixo e desrespeito perante todos os cidadãos portugueses com diversidade funcional. Acreditamos que merecia um pedido humilde de desculpa e o pagamento das respectivas coimas. Enganamo-nos. O que aconteceu foi absolutamente normal é o que depreendemos da ausência de qualquer reacção do Professor. Ainda vivemos num país assim…

Há outro aspecto importante a referir ainda sobre toda esta questão e dimensão que adquiriu. Algumas críticas que tivemos demonstraram claramente que alguns portugueses não toleram que um grupo de pessoas com deficiência defenda os seus direitos com veemência e assertividade. Neste país de brandos costumes, até contra isso temos de lutar. Aos poucos que confundiram arrogância com aquilo que foi assertividade e coragem de lutar por um país melhor, dizemos: não há maior arrogância do que aquela de não pedir desculpas por um erro.

(d)Eficientes Indignados

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Obrigado à Manuela Ralha

 

 

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