CONTOS & CRÓNICAS – CARLOS REIS – OS ARTIGOS IMPUBLICÁVEIS – NOTÍCIAS DE RODAPÉ

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Ele há coisas que não se percebem. Estava-se assim tão bem – afinal só investe quem quer, não é? – porque é que vão complicar o já tão complicado Código?

Ninguém é obrigado a investir – a não ser talvez os bois, mas isso é normal, faz parte das suas idiossincrasias, cultura e natureza, é uma coisa aceitável. Agora, punir assim a honesta Banca é acabar com os anúncios todos que as televisões nos prorcionam à zoras fofas. É proporcionar uma cinzentude familiar ao jantar, é cortar cerce os dignos anseios de uma nação inteira.

Mas depois de ler com mais atenção os desmaiados e complexos termos dessa maldade que querem fazer aos bancos, fica-se mais descansado. Vê-se logo que na prática aquilo não vai dar em nada  –  de sinuoso, complicado e burocrático que felizmente parece ser. Pois se eles até serão perdoados, se “repararem integralmente os danos patrimoniais” – aliás os Bancos falidos não têm feito outra coisa, como é do conhecimento geral.

Além do mais trata-se de recomendações do Banco de Portugal, o que é já em si mesmo uma segurança, uma hipótese viável de uma renovação na continuidade. E há também a preocupação da “maior adequação das características dos clientes face aos produtos financeiros”, o que nos deixa imensamente mais descansados, esta adequada preocupação da adequação.

Enfim, mais uma falsa notícia, em boa hora, afinal sem quaisquer efeitos nefastos – seja na honesta Banca, seja nos felizes e futuros investidores.

Carlos

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