Por entre erros de percepção de ministros, secretários de estado e outras pessoas que com eles se relacionam (as diabruras do Trump, as barbaridades do ISIS, a guerra sobre quem dirige a CGD, os dinheirinhos que o Núncio deixou fugir, só para mencionar uns casos mais falados), vão escapando à percepção de todos nós a dimensão e as implicações de outros graves (gravíssimos!) problemas como a epidemia do ébola e a poluição dos oceanos. A primeira parece neste momento relativamente controlada, e espera-se que o esteja definitivamente, tendo-se de fazer o reparo de que já reapareceu várias vezes depois de se considerar controlada. A segunda, embora mais falada, parece ainda mais complicada.
O plástico, como toda a gente sabe, é fabricado a partir do petróleo. De grande maleabilidade, tem tido numerosas aplicações, muitas delas com significado importante na vida quotidiana. Não é biodegradável, o que significa que os produtos elaborados a partir dele, e que não são reutilizáveis, vão para o lixo, e serão lentamente destruídos por várias formas de erosão, mas os detritos resultantes permanecerão na natureza, e vão sendo encaminhados para os mares e oceanos. Aí formam ilhas de lixo de enorme dimensão, no Pacífico e no Atlântico, e mais pequenas em vários pontos. O atrito constante da água e do vento faz com que se fragmentem, até estarem reduzidos a pó. Este mistura-se com o fitoplâncton, ou acumula-se no fundo do mar, ameaçando toda a vida marinha.
Propomos que cliquem nos links abaixo:
http://www.publico.pt/multimedia/infografia/um-oceano-de-plastico-210
https://pt.wikipedia.org/wiki/Grande_Por%C3%A7%C3%A3o_de_Lixo_do_Pac%C3%ADfico
https://pt.wikipedia.org/wiki/Grande_Por%C3%A7%C3%A3o_de_Lixo_do_Atl%C3%A2ntico_Norte
Sei que em Portugal os plásticos já são transformados em materiais de construção de qualidade excelente. Tanto quanto fui informado a produção desta notável transformação é, ainda, muito reduzida.CLV