HÁ TANTA COISA BOA NO MUNDO! Por Luísa Lobão Moniz

olhem para  mim

Com tanto acontecimento inesperado, com tanta falta de respeito pelos outros, com tanto discurso racista, como nos vamos aguentar numa sociedade global, não só a nossa, que ainda tem no seu imaginário e nos seus sonhos a felicidade de todos e em tudo?

 Na sua forma de organização social, no seu trabalho profissional, na igualdade entre homens e mulheres, na Educação, na Saúde.

A luta contra a mortalidade infantil foi um sucesso, o nosso Serviço Nacional de Saúde é dos melhores, o combate ao abandono precoce da escola tem tido sinais positivos…

Vivemos agora uma leve brisa de coesão social, de trazer para o público o que até há pouco tempo era do foro privado e por isso de difícil acesso para ser combatido, falo da violência no seio da família.

No seio da família todos podem ser agredidos pelo mais forte, ou seja, pelo homem que traz o dinheiro para sustentar a família. Este sente que tem direito de bater na mulher, nos filhos, nos idosos, nos deficientes….

Nas quatro paredes, dos quartos das casas que não conhecemos, sofre-se em silêncio, mata-se com demasiada facilidade. Nestas casas, e noutras, há armas ilegais, como é possível? Quem as vende? Se não se sabe, que se procure saber e actuar em conformidade.

Porque é que os homens não conseguem aceitar a rejeição, “a traição” da mulher?

Porque é que os jovens acham natural o namorado ser violento e ver tudo o que a namorada tem no telemóvel?

Porque é que as mulheres ganham menos e trabalham mais?

Porque é que os bebes não conseguem dormir depois de uma cena de violência entre os pais?

Não há palavra que descreva o sentimento de quem é agredido, não há palavra que descreva o que sente o agressor!

Nada disto é só português, todos os outros países da europa comungam deste relacionamento.

Há quem recorra às cadeias, aos castigos corporais, à instituição dos jovens.

É difícil dizer-se que ninguém nasceu para ser agredido nem agressor, é difícil dizer-se não à violência, não tenhas medo enfrenta quem te quer agredir…

Os “donos” do mundo não dão exemplos em que as pessoas se possam rever para inventar novas organizações sociais, mas no meio de todos nós há sempre alguém que resiste, alguém que diz não, e o melhor é estarmos atentos para sabermos onde estão aqueles que podem dar alento à luta por uma vida melhor.

Há tanta coisa boa no Mundo!

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