Nunca fui pessimista, mas confesso que a minha desilusão é total.
Não corram tanto e parem um pouco par pensar.
A vida é curta, muito curta e feia em relação ao que sobre ela sonhámos.
Que o digam os massacrados e chacinados por esse mundo fora.
Que o digam todos os que, como nós, sentimos diariamente a nossa consciência espezinhada e a verdade enforcada em todos os passos da nossa existência.
Parem um pouco para pensar a sério e não como eles vos obrigam a pensar, sobre o que se passa na Síria, na Palestina, na Coreia e por todo esse mundo fora onde impera a invasão, o assalto, o domínio e o roubo pelo mais forte.
A humanidade está podre, carcomida por um poderoso cancro metastisado por todo o planeta, e cuja origem não há quaisquer dois dedos de testa que desconheçam.
Confrontado com as perversas provocações e diabólicas agressões e massacres que a tantos holocaustos têm conduzido, temo verdadeiramente o holocausto final.
Temo sobretudo a ingénua e ignorante aceitação dos factos, como legítimos, por parte de muitos amigos e não amigos.
Lamento sobremaneira o não reconhecimento do verdadeiro inimigo e a maldosa e irresponsável conclusão de que “são todos iguais”.
Repugna-me a complacência dos “toninhos” da ONU, pedindo contenção (bombardeiem mais devagarinho, p.f.), a colaboração consciente de todos os governos lacaios, o apelar do Papa ao coração dos homens, sabendo que o lugar do coração dos homens é um buraco negro atafulhado de dólares, como aliás acontece na sua igreja.
Grande parte da humanidade está apática, obtusa e alienada, o que faz com que tenha vindo a transformar-se numa massa amorfa, presa fácil de toda a mentira, de todo o mercantilismo sem valor e de todos os obscurantismos políticos e religiosos.
Caros irmãos animais humanos, no fim da vida, começo a sentir uma certa vergonha de pertencer à raça humana.