É tudo tão politicamente misterioso, nesta terra de mistérios políticos.
Então, ao fim de um ano os secretários que viajaram à custa da GALP (cuja deve montes de dinheiro ao fisco, sendo que um deles até andava a tratar do assunto) ao fim de um ano de profunda reflexão os rapazes resolveram demitir-se, pôr uma corda ao pescoço, ir a Castela.
Então ao fim de um ano, o Ministério Público nunca teria andado para a frente, a mastigar-se (como tantos outros processos) aquilo se calhar estava a entrar no esquecimento, o que lá vai, lá vai, a memória dos portugueses esgota-se facilmente, prontos…
Então ao fim de um ano, afinal o Ministério constituiu-os arguidos – um dia antes de eles se arrependerem!
Ele há coincidências.
Ao fim de tantos anos ainda há (quase toda a gente) quem não compreenda que não se trata de algo de mais ou menos ilegal ou susceptível de julgamento atento e burocrático. Ao fim de tantos anos ainda há quem não compreenda o que é a desonestidade, a falta de hombridade, a ausência de ética, de escrúpulos e valores. A discreta corrupção.
