CONTOS & CRÓNICAS – CARLOS REIS – OS ARTIGOS IMPUBLICÁVEIS – A PUTA QUE OS PARIU

 

 

Não há (já) paciência. Nem cu. Nem honestidade política.

Que filhos da puta não identificados, apareçam (aparecem sempre) a clamar, a vituperar, a menosprezar e a pôr em causa, a distorcer e a destruir acções ou declarações do Governo (mesmo que discutíveis, algumas delas, não tenhamos quaisquer esquerdistas nem democráticas dúvidas)  –  e sempre com aquele ar fingidamente zangado e paternal, sempre com aquele ar pretensa e filhadaputamente ofendido e humilhado (da puta que obviamente os pariu) – não há (já) paciência para estes berdamarautos da desgraça, para estes mal assumidos derrotados da Direita pura e crua, que nada têm a acrescentar a coisa nenhuma.

Que nada têm a propôr. Que não têm qualquer tipo de programa político.

Nem sequer social democrata que seja, esses tais fsdp não identificados.

Que fecundaram (tradução: foderam) um povo inteiro, salvo as classes a que pertencem. Que obviaram, que protejeram, que encanaram a perna a rãs inconcebíveis, que disfarçaram enquando políticos (de nomeada e de Direita) as mais vis actuações, os mais indecentes despedimentos, as mais obscenas des-reformas, a mais sinistra miséria institucionalizada levada a cabo por um (aquele) testa de ferro (assumido) sem escrúpulos, sem moral nem má consciência (como pode, se não tem consciência, o grande porco) que deram cabo de uma geração!

Não há pena de morte (contra a qual, aliás, sou contra) que os foda, àqueles bardinos, àqueles bandidos, não há História que os julgue, nem tribunal que os condene.

É por isso que (às vezes) há revoluções.

Não como a nossa ridícula revolução, soft e dicreta, pura e amistosa. Refiro-me a revoluções a sério, com gajos destes despachados sem burocracia, rapidamente e em força.

Palavras do Salazar, quando nos enviou a (quase) todos para as colónias, aquele declarado filho da puta, para perdermos o Império, sim, mas devagar e com milhares de mortos no activo.

Carlos

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