PAULO FREIRE por Luísa Lobão Moniz

Em 1921 nasceu um menino que mais tarde se tornou numa pessoa que acreditava que o mundo não é estático, que o mundo vai mudando conforme as crenças das pessoas ou através de sistemas políticos de ditadura ou de democracia, pela consciência que cada um tem de si perante o mundo.

A aprendizagem da leitura serve de suporte, de instrumento que dá capacidade crítica, e essa capacidade é construir um Homem e uma Mulher conhecedores do seu poder enquanto cidadãos.

A Escola é o local ideal para formar pessoas com espírito crítico, que saibam reflectir e mudar a sociedade. Os analfabetos são aqueles que não têm poder nem voz, são os oprimidos.

Este menino feito homem estudou, observou, comparou e percebeu que sem educação os oprimidos seriam sempre oprimidos.

Escreveu A Pedagogia do Oprimido que foi considerado o seu livro mais importante.

Ninguém liberta ninguém, ninguém se liberta sozinho: os homens libertam-se entre si, com este lema pautou a sua vida como educador, pedagogo, como filósofo.

Considera a educação tradicional como educação bancária em que o professor “preenche” a cabeça dos alunos com os conhecimentos que este julgava melhor para os alunos, a educação deve ser problematizadora do mundo e do homem que tem consciência da sua incompletude.

Segundo ele, a educação deveria ser uma prática da liberdade.

A aprendizagem da leitura, nos adultos, deve partir de temas geradores do conhecimento real de quem aprende.

A educação bancária serve a opressão enquanto a educação problematizadora é libertadora.

A educação, a Pedagogia do Oprimido, luta pela humanização, pela liberdade, pela afirmação das pessoas como seres mediadores e modificadores do mundo.

Este menino que nasceu em 1921, no Brasil, chama-se Paulo Freire.

A Pedagogia do Oprimido, de Paulo Freire, desvenda a relação entre opressores e oprimidos e de como é necessária uma prática educativa com a finalidade de superar esta contradição.

Paulo Freire esteve exilado no Chile e foi aí que escreveu A Pedagogia do Oprimido.

Muitos foram e são seus seguidores, mas a sociedade continua dividida entre opressores e oprimidos. Esta questão vai-se moldando durante as diferentes mudanças sociais, a Escola quer uma Educação para a Liberdade, mas os Estados têm medo da vontade dos oprimidos…

 

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