FRATERNIZAR – Mário Centeno ao comando do Euro – FIM DA GERINGONÇA OU O SEU REFORÇO? – por MÁRIO DE OLIVEIRA

 

O ministro português das Finanças do Governo PS, Mário Centeno, acaba de ser o escolhido pelo senhor Dinheiro para presidir ao reforço do Euro, sobre o qual as quatro grandes Economias da UE, França, Alemanha, Itália e Espanha, estão apostadas em erguer uma Europa forte, capaz de fazer frente e bater o pé às economias dos EUA de Trump, da Rússia de Putin, da China de Xi Jinping, da Coreia do Norte, de Kim Jong-un. Qual deles o mais demente e politicamente analfabeto, cujos discursos e twitters são disparados por um sopro com tudo de bomba nuclear, porventura, mais perigoso que a bomba nuclear propriamente dita. Incendeiam todos os dias e a todas as horas os povos seus súbditos criminosamente formatados, e eles ficam politicamente tolhidos e entretidos nos futebóis dos milhões, incapazes de Política praticada maiêutica. Da qual andamos necessitados. Tanto ou mais do que de pão para a boca. Até sermos povos sujeitos dos nossos próprios destinos, nunca mais súbditos dos poderes e seus agentes de turno.

Não vejo, no país, ninguém dar sinais de perceber o que significa esta escolha por parte das quatro grandes economias da UE. Pelo contrário, vejo os dirigentes do PS abrir garrafas de champanhe e festejar; os deputados dos outros três Partidos da Geringonça – BE, PCP, PEV – amuar e ficar com cara de caso, como quem parece dizer, sem dizer, Mas onde tínhamos nós a cabeça, quando há uns dois anos nos metemos nesta engenhoca de “Esquerda”? Até os deputados do PSD e do CDS, assim como o seu Presidente da República e comentador político a todas as horas e minutos, Marcelo Rebelo de Sousa, mostram-se com cara de caso, ainda mais do que os da “Esquerda”. Sem saberem o que dizer e o que fazer. Não, obviamente, por causa do reforço do Euro e consequente criação da Europa forte, fundada sobre ele, mas porque deveriam ser eles, como cristãos e devotos da senhora de Fátima, os escolhidos para esse papel ao serviço do seu deus, o Dinheiro. O “mérito – para eles, é mérito – vai inteirinho para o socialista Mário Centeno que eles, na sua óptica financeira, têm na conta de nem sequer ser digno de desatar a correia das sandálias da sua antiga ministra das finanças, Maria Luís Albuquerque, ou da Presidente do CDS, Assunção Cristas, candidata não a ministro das Finanças, mas a primeiro-ministro. Como de resto ela faz questão de anunciar-gritar.

Fim da Geringonça, ou o seu reforço? A questão é pertinente, para quantas, quantos, à Esquerda e à Direita, têm cadeira reservada no Parlamento português e no Parlamento europeu. Todos à uma são igualmente deputados ao serviço do Dinheiro, o deus das religiões, das igrejas cristãs, dos ateus, dos agnósticos e dos agentes do Poder. Apenas mudam os falares e o tipo de reivindicações, não muda a substância. O senhor Dinheiro sai sempre a ganhar, tanto com deputados do PEV, do PCP, do BE, do PS, como do PSD e do CDS. Precisa de todos por igual. Por isso paga-lhes, segundo a regra democrática, Para trabalho igual, salário e mordomias iguais. Ironicamente, os que se perfilam mais à Esquerda no Parlamento são, porventura, os mais úteis ao senhor Dinheiro. Ajudam a dar ao Dinheiro um ar de democracia, bondade, liberdade. Todos, cada qual ao seu modo, estão aí a contribuir para formatar-dominar as mentes e as consciências das populações. Como fazem, por distintas vias, todos os clérigos e pastores das igrejas cristãs.

Deste modo, BE, PCP e PEV, por mais que se mostrem perturbados para votantes verem, sabem bem que, se quiserem continuar a ter lugar à mesa dos privilégios que o senhor Dinheiro lhes garante, acabam por reconhecer, pelo menos à porta fechada, que a eleição de Mário Centeno é o maná que lhes faltava para reforçar a Geringonça que integram. E ficam-lhe reconhecidos, ainda que nunca o felicitem. Quem sai a perder são os seres humanos e os povos. Porque numa UE forte, fundada sobre o Euro forte, ficam ainda mais condenados às migalhas e aos ossos que caem das mesas dos privilégios de todos eles.

www.jornalfraternizar.pt

Leave a Reply