No passado dia 15, faleceu José Hipólito dos Santos.
Nasceu no Porto em 1932. Deixa-nos uma extensa obra publicada, mas lega-nos sobretudo o exemplo de uma vida dedicada à luta contra a injustiça social. Lamentamos muito que nos tenha deixado, mas não o lamentamos. Ou seja, o José Hipólito viveu uma vida plena ao longo da qual agiu de acordo com o que pensava. Foi quadro superior da CUF e Professor universitário em Paris-XIII, no ISE e no ISPA. Ligado desde a década de cinquenta ao movimento cooperativo, participou em 1958 na campanha eleitoral do general Humberto Delgado e envolveu-se no chamado «Movimento da Sé». Em 1961 participou na Revolta de Beja, tendo passado 18 meses na prisão. Exila-se em França, indo depois para a Argélia. Onde colabora na organização do MAR (Movimento de Acção Revolucionária), liderado por António José Saraiva. Em 1967 volta a França, participando no Maio de 68. Faz parte da direcção da LUAR, de Palma Inácio organização que deixa em 1970. Após a Revolução de Abril de 74, participa nos movimentos de moradores, vindo a presidir à Associação dos Inquilinos Lisbonenses. Adere ao PRP-BR, fazendo parte da direcção. Demite-se em 1978. Nos anos 80 funda a cooperativa SEIES e trabalha em projectos de cooperação em Moçambique, Nicarágua e Guiné-Bissau.” Entre outros, publica os livros Maneiras Cooperativas de Pensar e Agir, Edições Universitárias Lusófonas, 2009, Felizmente Houve a Luar, Âncora, 2011, Revolta de Beja, Âncora Editora, 2012.
