IMAGEM E POESIA – Por José Magalhães (113)

UMA VIAGEM DE QUE NINGUÉM SABE

 

Fot. internet

 

Sou um barco com vela erguida

Que no mar agitado do meu pensamento

Entre o desejo da partida

E a delonga da chegada

Nunca mais chega,

Para meu tormento.

.

Não anda sem ti

Que és água e és vento

E sol e estrelas.

Tentei e perdi,

Rasguei as velas.

 .

És tu, só tu, quem me tira do desalento

E com passo lento

Quase imperceptível

Me guia

Pelos bons caminhos

Aplainados e sem remoinhos

Da sabedoria e do crescimento.

 .

Contigo,

Enfuno as velas

Contorno descaminhos

Galgo as ondas do mar imigo

E esqueço o meu lamento.

Fico mais forte,

Dispenso sentinelas

Olho o destino que persigo

E preparo a alegria da chegada,

De uma viagem de que ninguém sabe

Das lutas para vencer a sorte

E dos sonhos, olhando as estrelas

Para enganar a morte.

 

.

3 Comments

Leave a Reply