IMAGEM E POESIA – Por José Magalhães (121)

 

OU O QUE QUER QUE SEJA

 

 

Tenho

Atravessado na garganta

O desejo melodioso da flauta

O sereno silêncio do assobio

E o sabor gracioso de uma cereja.

.

Tenho-te a ti, rosa branca

Água da manhã, bebida santa,

Telhado, pinhal, peixe de rio,

Calmo murmúrio de uma igreja.

.

Tenho

Deitados na minha manta,

O mudo sabor de um arrepio,

Um grito, um pássaro, um pouco de frio,

O cheiro do pomar, ou o que quer que seja.

.

.

.

 

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