Da crise atual à próxima crise, sinais de alarme – A crua matemática do risco geopolítico. Por Geopolitical Futures

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Seleção e tradução de Júlio Marques Mota

A crua matemática do risco geopolítico

Por gpf_logo em 11 de junho de 2018

Síntese

Os veículos elétricos podem ser o futuro, mas o petróleo é o presente, e enquanto o mundo funcione assente na sua produção e venda, é uma mercadoria que iremos monitorizar. Já antes tínhamos exposto a nossa tese sobre o petróleo: em poucas palavras, o óleo de xisto, com o seu cada vez mais baixo limiar de rentabilidade, estabeleceu um teto de longo prazo sobre os preços. Isso é uma má notícia para os países que dependem da reserva de petróleo para as receitas públicas, especialmente a Arábia Saudita e a Rússia.

Mas os preços do petróleo estão agora em alta e a níveis que já não se viam desde 2014. O Irão e Israel digladiaram-se na Síria, assustando o mercado no processo. E dois dos maiores produtores mundiais de petróleo, a Venezuela e o Irão, estão a enfrentar uma agitação interna (Venezuela) ou agitação interna e ameaças estrangeiras (Irão) que colocam em dúvida a sua capacidade de produzir e exportar.

Nós ainda não estamos ainda em condições de prever os preços dos produtos básicos, mas devido a estes desenvolvimentos, é chegada a altura de revermos a nossa tese. Nesta análise em profundidade, iremos desenvolver duas vias de análise quanto à evolução dos preços do petróleo: os fundamentais, determinados pela oferta e procura, e os prémios gerados pela incerteza, definida por vezes de forma ambígua nas regiões produtoras de petróleo no mundo. Isto devia ajudar-nos a responder a uma questão fundamental: se os preços permanecerem suficientemente altos durante um prolongado período de tempo, o que significaria isso para a Rússia e para a Arábia Saudita, dois países importantes que necessitam de muito capital para transformar as suas economias e as suas forças armadas?

 

Oferta e procura

O consumo global de petróleo tem ultrapassado a produção desde o início de 2017, como resultado de uma menor oferta devido aos cortes da OPEP e uma redução na produção dos EUA (os baixos preços do petróleo de 2015-16 conduziram muitos perfuradores do xisto dos EUA a sair do negócio e forçou outros a renunciarem à perfuração em poços com limiares de rentabilidade mais elevados). No primeiro trimestre de 2018, o consumo global estava em 99,52 milhões de barris por dia, e a produção era de 98,71 barris por dia. No entanto, a U.S. Energy Information Administration não espera que esta tendência esteja para durar. Isto é, em parte, porque a produção de petróleo de xisto está novamente em ascensão, um tema que será abaixo discutido mais detalhadamente.

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O consumo também cresceu, principalmente por causa de uma maior procura na América do Norte e na Ásia – especialmente na China e na Índia. O efeito líquido tem sido um declínio nas reservas globais que caíram para 20 milhões barris abaixo da média de cinco anos, um dado que a OPEP utiliza para medir o seu nível de oferta.

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As tendências estão estabelecidas e são claras, mas duas situações podem perturbar o equilíbrio: a ruptura efetiva do acordo nuclear iraniano, e a quase-anarquia na Venezuela. Vamos olhar para ambos os casos, um a um, mas no fim de contas, a quantidade de produção de petróleo em jogo não é suficiente para diminuir radicalmente a oferta global durante o tempo suficiente para criar uma escassez grave.

O Irão produz cerca de 3,65 milhões de barris diários de petróleo bruto e exporta 2,4 milhões de barris por dia. Algumas fontes estimam que a reimplantação das sanções poderia reduzir as suas exportações em 1 milhão de barris por dia. Desta vez, no entanto, as sanções carecem de uma frente unida, e alguns países estão a procurar maneiras criativas de tornear as sanções. Um dos maiores clientes do Irão, a Índia, tem efetivamente dito que não pretende parar de comprar petróleo iraniano, haja ou não sanções. Quase metade de todas as exportações de petróleo iraniano vão para a China e para a Índia, por isso, para o estabelecimento de uma estimativa como base de referência, vamos supor que a produção do Irão declina em 50 por cento, de 2,4 milhões para 1,2 milhões de barris diários.

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A Venezuela produziu aproximadamente 1,4 milhões de barris diários em abril de 2018. Isto representa uma queda de 32 por cento relativamente a abril passado, e alguns relatórios antecipam que, com a sua agitação interna e a sua maquinaria e instalações de produção decrépitas, a produção da Venezuela poderia cair ainda mais 500.000 barris dia. Juntamente com o Irão, isso significa que é possível, no próximo ano, um declínio de cerca de 1,7 milhões barris dia na produção mundial de petróleo.

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Agora que temos uma estimativa das perdas potenciais, para realmente se poder avaliar o efeito sobre os preços, precisamos ainda de uma estimativa de aumentos potenciais de produção. E uma das regiões que está pronta para aumentar a produção de petróleo mais rapidamente é os Estados Unidos.

Os EUA produzem cerca de 10,7 milhões barris dia de petróleo bruto, em que cerca de 84 por cento provém de xisto (os restantes 1,65 milhões barris dia vêm da perfuração offshore no Golfo do México. Este é o máximo que o Golfo já registou em termos de produção e espera-se que esse número aumente ao longo de 2019). Espera-se que a produção global de combustíveis líquidos (todos os produtos petrolíferos líquidos, que incluem o petróleo bruto e os produtos refinados) aumente 4,67 milhões de barris dia entre abril de 2018 e dezembro de 2019, de acordo com o EIA. Os aumentos na produção americana representarão cerca de dois terços (cerca de 3,11 milhões barris dia) deste crescimento, seguido pelo Canadá (650.000 barris dia) e a OPEP (330.000 barris dia). Espera-se, na verdade, que o total da produção de petróleo bruto da OPEP diminua 80.000 barris dia ao longo deste período de tempo, mas a produção de combustíveis líquidos deverá aumentar em 410.000 barris dia.

Por causa do aumento dos preços do petróleo, haverá mais plataformas a serem implantadas nos EUA para perfurar novos poços. Historicamente, não tem demorado muito tempo para os produtores de xisto nos EUA passarem a perfurar mais poços quando os preços aumentam. E uma vez que novas plataformas estejam em ação não demorará muito para que a produção de petróleo aumente.

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Dito isto, os EUA enfrentam obstáculos de curto prazo que irão limitar a rapidez com que poderá aumentar a produção, o mais substancial dos quais é que os oleodutos americanos estão quase na sua capacidade máxima e é esperado que atinjam o limite em meados de-2018. Em vez de transporte por oleodutos, os produtores da bacia de Permian e Midland [no Texas e Novo México] têm de utilizar o transporte ferroviário ou rodoviário (por estrada é mais caro do que por comboio que, por sua vez, é mais caro que por oleoduto). Atrasos de entrega e aumento dos custos de transporte forçam os produtores a oferecerem o seu crude com um desconto, o que reduz o preço do crude Permiano em cerca de $11 por barril e em Midland até $16 por barril.

Estas limitações não irão durar por muito tempo. Uma quantidade substancial de capital de investimento tem sido aplicado em infraestruturas de transporte de petróleo nos Estados Unidos. Petrochemical Update, uma publicação que abrange a indústria a jusante, estima que cerca de $11 mil milhões de dólares serão investidos em construção de infraestruturas de pipelines entre maio 2018 e maio 2019 apenas. O resultado será um grande aumento na capacidade de pipeline até ao final de 2019. Três dos maiores oleodutos em construção-Cactus II, Gray Oak e Epic – irão adicionar outros 1,9 milhões barris dia de capacidade de transporte nos EUA até ao final do próximo ano. Outras estimativas esperam ainda mais capacidade – até 2,5 milhões barris dia – a ser adicionada ao longo do mesmo período. Enquanto isso, a EIA projeta uma produção nos EUA de petróleo bruto a crescer de 10,7 milhões barris dia para 12 milhões barris dia até ao final de 2019. Por outras palavras, com base nas novas estimativas de capacidade dos oleodutos, as restrições de transporte deverão por essa altura estar efetivamente eliminadas para escoar a nova produção.

Vale a pena notar que a EIA tem muitas vezes subestimado o quanto a produção de petróleo americana a partir do xisto irá aumentar. Desde 2010, o crescimento histórico na produção de petróleo dos EUA tem estado regularmente acima de 10 por cento anualmente (e até quase 20 por cento em alguns anos). A única vez que a produção americana experimentou um declínio sustentado numa base anual foi durante um período que durou mais de um ano entre o início do ano de 2015 e o fim de 2017. O desempenho passado não garante resultados futuros, mas considerar 10 por cento de crescimento anual por mais dois anos significaria colocar a produção americana mais perto de 13 milhões de barris diários em meados de 2020.

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O que isto significa é que o crescimento da produção dos EUA sozinho deve ser suficiente para compensar a produção potencial perdida da Venezuela e do Irão até ao final de 2019. E isso nem sequer conta com aumentos em outros lugares. Os níveis de inventário dos países da OCDE caíram abaixo das suas médias históricas de cinco anos – um dado que a OPEP muitas vezes utiliza para avaliar se quer cortar ou aumentar as provisões – o que significa que a OPEP também pode aumentar a sua oferta de óleo para o mercado em 2019.

Para além das questões de transporte, a outra restrição notável no crescimento da produção americana é o preço do limiar de rentabilidade. Todo este novo petróleo a ser despejado no mercado deveria forçar os preços à descida, e a partir de um certo ponto é mais caro para os produtores extrair o petróleo do que é para os consumidores comprá-lo, levando os produtores a pararem com a sua extração. Mas para a extração americana a partir do xisto o preço de rutura, o limiar de rentabilidade, continua a descer, devido em parte aos avanços tecnológicos que aumentaram o rendimento do petróleo por novo poço perfurado. Embora o preço do limiar de rentabilidade varie amplamente dependendo da região e da empresa, vários locais de exploração têm em média limiares de rentabilidade à volta de US $45-55 por barril.

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Para a Arábia Saudita e para a Rússia, os outros principais produtores mundiais de petróleo bruto, o cálculo é muito mais complicado do que os preços do limiar da rentabilidade. A Arábia Saudita pode produzir um barril rentável de petróleo por cerca de US $10-15, mas as suas necessidades políticas vão muito além dos lucros. Para ser capaz de continuar a apoiar os seus programas sociais e os subsídios, a Arábia Saudita deve gerar lucro suficiente para equilibrar o seu orçamento público, e o seu preço de rutura orçamental por barril é muito maior – cerca de $84 em 2017, de acordo com o Fundo Monetário Internacional. A Rússia afirma que os seus planos orçamentais estão baseados num preço de $40 por barril, mas as nossas próprias estimativas colocam a sua rutura orçamental a um nível ainda mais elevado, mais perto de $70 em 2016. Contudo, a diferença chave entre a Rússia e a Arábia Saudita, quando comparado com os Estados Unidos, é que quando os preços do petróleo caem abaixo do ponto limiar de rentabilidade da produção nos Estados Unidos, a indústria do petróleo torna-se menos rentável; quando o petróleo cai abaixo do preço de rutura orçamental na Rússia e na Arábia Saudita, o destino dos regimes dos países em questão fica em risco.

Risco geopolítico e Incerteza

Embora seja possível fazer previsões coerentes sobre o equilíbrio da oferta e da procura de petróleo, é muito mais difícil adivinhar como é que os mercados vão reagir a um desenvolvimento específico. A incerteza preocupa os mercados, e quando os acontecimentos políticos nas regiões produtoras de petróleo aumentam a incerteza, o preço do petróleo sobe independentemente da oferta e da procura. Isto é muitas vezes descrito vagamente como o “risco geopolítico”. A reimplantação de sanções contra o Irão e o caos na Venezuela são riscos geopolíticos, mas o iminente aumento da produção dos EUA poderá igualar as contribuições desses países para a oferta global. O lugar onde tudo isto se poderá descontrolar – o verdadeiro risco geopolítico – é a Arábia Saudita.

A Arábia Saudita é o maior produtor de petróleo do Médio Oriente. Qualquer situação que interrompa a produção ou exportação de petróleo saudita – devido à agitação dentro do país ou a conflito externo ao país – aumentaria os preços do petróleo. O mais provável destes cenários altamente improváveis é um golpe militar.

Desde que Mohammed bin Salman foi nomeado príncipe herdeiro em junho passado, tem-se alargado uma enorme cisão entre os seus reformadores e os conservadores religiosos. Quando se ouviu artilharia pesada no exterior do Palácio Real Saudita no final de abril, os noticiários foram rápidos a apelidar isso de tentativa de golpe (o governo disse que a perturbação foi causada pelo derrube de um drone não autorizado, mas as dúvidas permanecem). No caso de um golpe, as exportações de petróleo podem declinar ou ficarem paralisadas por algum tempo, mas retornariam rapidamente depois que o regime militar chegasse ao poder porque, também ele, dependeria das receitas petrolíferas para a sua sobrevivência.

Outro tipo potencial de agitação seria a degradação completa da monarquia saudita. Isto é muito improvável nos próximos cinco anos, mas se as reformas fracassarem e as reservas cambiais do país se esgotarem, poderia criar uma vaga de jovens marginalizados que estão altamente insatisfeitos com o regime. Isso proporcionaria uma oportunidade para o estado islâmico ou outra versão da insurreição islâmica fundamentalista se instalar na Arábia Saudita. Afinal, a Arábia Saudita foi formada a partir de uma revolta religiosa. Se uma tal revolta derrubasse o regime ou este fosse destituído através de uma guerra civil, as exportações de petróleo saudita estariam em perigo. Uma guerra civil em particular poderia prejudicar a produção de petróleo por um longo período de tempo. Se um regime islâmico chegasse ao poder, não haja dúvida que também quereria a receita do petróleo, mas não é claro a quem é que o regime estaria disposto a vender e quais os países que estariam dispostos a comprar.

Depois há o risco de conflito entre Estados, seja entre a Arábia Saudita e o Irão ou mais geralmente na região, muito provavelmente entre o Irão e a Turquia. Ninguém ainda parece estar pronto para a guerra. A Arábia Saudita e o Irão não partilham fronteiras, embora possam sempre confrontar-se entre si no Iraque ou no Golfo Pérsico. O recente recuo do Irão relativamente à escalada contra Israel é uma indicação de que não se sente preparado para atacar diretamente outro Estado-nação por agora. A Turquia, entretanto, tem problemas suficientes em casa com a sua dívida crescente e com a queda da lira.

Qualquer confronto com o Irão também corre o risco de arrastar os Estados Unidos. O Irão ameaçou no passado minar o estreito de Ormuz se for atacado – um movimento que prejudicaria as exportações de petróleo do Médio Oriente. Isto trata-se de uma posição dissuasora de um ataque dos EUA, mas não é particularmente convincente. A Marinha dos EUA não toleraria um bloqueio no estreito e responderia com operações de desminagem.

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De qualquer forma, o estreito não é o único caminho através do qual a Arábia Saudita exporta petróleo – também pode exportar a partir do Mar Vermelho através do Estreito de Bab el-Mandeb para o Sul ou pelo canal do Suez ao norte. O que realmente importa, porém, é que a minagem pelo Irão do estreito de Ormuz iria invariavelmente perturbar fortemente os mercados e aumentar o preço do petróleo, provavelmente de forma substancial.

A outra ameaça que colocam as hostilidades com o Irão é que Teerão retaliaria ativando os xiitas na região. Por exemplo, o Irão mantém uma força de combate potente no vizinho Iraque através das suas milícias xiitas. Se o Irão ordenasse que as suas milícias marchassem sobre Basra ou outras regiões produtoras de petróleo do Iraque, reacenderia as hostilidades no Iraque e diminuiria a oferta do petróleo disponível, arriscando um aumento nos preços. O Irão também poderia tentar agitar os problemas nas áreas de produção de petróleo xiita dentro da Arábia Saudita.

Consequências

Cada um destes eventos é improvável, mas se um deles se verificasse teria implicações globais. Por um lado, se os EUA fossem arrastados para um qualquer tipo de confronto com o Irão que obrigasse os EUA a recolocar as suas forças e novamente a atolarem-se no Médio Oriente, a Rússia beneficiaria financeiramente do aumento inevitável dos preços do petróleo e geopoliticamente do excessivo envolvimento militar dos EUA.  No caso de uma guerra civil na Arábia Saudita ou de um golpe militar, toda a economia russa mudaria. Os preços do petróleo ficariam altos pelo menos enquanto durasse o combate, e possivelmente mais tempo, permitindo que a Rússia acumulasse maior riqueza, o que poderia investir nas suas próprias reformas ou na modernização das suas forças militares. A nossa previsão sobre o declínio da Rússia baseia-se em profundas deficiências estruturais que vão simplesmente bem para além do preço do petróleo, mas se um dos maiores países produtores de petróleo do mundo fosse colocado fora do mercado isso iria seriamente questionar essa previsão.

Além disso, os países que tentam evitar intervir no Médio Oriente, mas que dependem do Irão ou da Arábia Saudita para o seu fornecimento de petróleo seriam forçados a fazer algumas escolhas difíceis. A China, India e o Japão são todos eles grandes consumidores de petróleo iraniano, saudita e iraquiano. Um conflito regional que arriscasse o encerramento destas fontes de abastecimento poderia paralisar as suas economias. Este pode ser o momento em que a Ásia se venha a envolver no Médio Oriente.

Os preços do petróleo atingiram altos valores que não são vistos desde 2014, mas não houve uma mudança fundamental na dinâmica do mercado mundial do petróleo. Como esperado, a perfuração e a produção do petróleo do xisto já começaram a disparar em resposta aos preços mais elevados – tanto assim que a infraestrutura de distribuição existente nos EUA está quase a ficar saturada, esgotada mesmo. Isso forçou os produtores norte-americanos em algumas regiões a concederem fortes descontos sobre o seu petróleo, quando o enviam por estrada ou por via ferroviária até que novos oleodutos entrem em atividade em 2019. Uma vez que isso aconteça, se o Irão e a Venezuela forem incapazes de exportar tanto petróleo como o têm feito até aqui, a produção americana vai compensar a diferença.

Mas o preço do petróleo é mais complicado do que apenas olhar para os fundamentais do mercado. Não é suficiente dizer que o “risco geopolítico” é responsável por preços mais elevados. Nós mapeámos alguns dos cenários geopolíticos provavelmente mais arriscados, mas em última análise, a Arábia Saudita deve ser suficientemente estável para não afetar a produção a curto prazo, e uma guerra prolongada no Oriente Médio que interrompa severamente as exportações parece improvável para agora. O maior medo do mercado é o próprio medo.

Texto original em https://geopoliticalfutures.com/crude-math-geopolitical-risk/

Republicado em http://gonzaloraffoinfonews.blogspot.com/2018/06/the-crude-math-of-geopolitical-risk.html

 

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