CARLOS REIS – A NATA DO NATAL – 4

 

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Natal de 1914

O Natal de 1914, passam agora 100 anos e tinha a mortandade da I Grande Guerra começado havia 5 meses, ficou assinalado por inesperadas tréguas não-oficiais e pela espontânea confraternização entre os soldados de um e do outro lado das trincheiras em vários pontos da frente ocidental.

Na curta largura da terra de ninguém separando os respetivos fossos, houve então lugar para  para encontros festivos, troca de prendas, celebração de missas conjuntas e até jogos de futebol entre homens que na véspera se matavam como tordos. .

Há um filme de 2005 que recria esses extraordinários acontecimentos de forma bastante digna. Chama-se “Joyeux Noel / Merry Christmas” e merece ser visto:

No dia seguinte, os mesmos homens retomavam frente a frente a rotina da mútua e regulamentar aniquilação…

Em 1915, foram proibidas pelos altos comandos militares de ambos os lados as poucas iniciativas desse tipo em preparação.

Em 1916, nem de um lado, nem do outro houve já vontade de considerar a parte contrária suficientemente humana para com ela se querer encontrar…

Conforme é dito no filme, “sem inimigo não há guerra”.

A guerra é o pior dos males e a paz um bem maior.

São as mesmas forças que no mundo exploram os que trabalham para viver aquelas que todos os dias inventam inimigos para a poderem destruir.

FELIZ NATAL !

J

 

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