CTA – 3 de JULHO – 37.º FESTIVAL DE ALMADA ARRANCA COM 3 ESPECTÁCULOS E 2 EXPOSIÇÕES

 

Em estreia: Bruscamente no Verão passado, de Tennessee williams, com encenação de Carlos Avilez, pelo TEC

Dia 3

37º Festival de Almada arranca com três espectáculos e duas exposições.

É já na próxima sexta-feira, dia 3 de Julho, que se dá início à 37ª edição do Festival de Almada. Uma edição histórica feita em condições muito especiais, mas com a alegria e a determinação que caracteriza o Teatro, a Cultura, e o seu Público.

Às 20h, no foyer do TMJB, é inaugurada a exposição de Homenagem a Rui Mendes – O actor que queria ser sinaleiro; logo de seguida será inaugurada na Galeria de Exposições do TMJB: O sonho de J. – exposição e instalação de José Manuel Castanheira. 

Às 21h, abrem-se as portas da Sala Principal do TMJB para a primeira estreia do Festival: Bruscamente no verão passado, de Tennessee Williams, com encenação de Carlos Avilez, pelo Teatro Experimental de Cascais. Às 21h30, mais dois espectáculos: Mártir, de Marius von Mayenburg, com encenação de Rodrigo Francisco, pela Companhia de Teatro de Almada, na Sala Experimental do TMJB; no Salão de Festas da Incrível Almadense: A grande emissão do mundo português, com dramaturgia de Jorge Paulinhos e encenação de Isabel Craveiro, pelo Teatrão, de Coimbra.

Bruscamente no Verão passado (Sala Principal do TMJB, dias 3 e 4, às 21h e dia 5, às 16h) M/12 1h40

Considerado o texto cénico mais chocante de Tennessee Williams (1911-1983), é frequentemente o alvo favorito dos detractores da sua dramaturgia. Na época em que estreou, no ano de 1958, a peça foi apreciada pela sua estrutura dramática aparentemente simples, mas ao mesmo tempo detestada pelo seu conteúdo “perturbador” e fortemente incómodo para a sociedade, em razão do que Williams escolhe pôr em cena para descrever a atmosfera de repressão sexual, de infinita hipocrisia e de multiformes relações de poder e manipulação: a homossexualidade, a violação, a loucura e até o canibalismo. Poucos, nessa altura, souberam reconhecer que se trata de uma obra-prima dramatúrgica, de composição formalmente rigorosa e temáticas tratadas com inéditas verdade e profundidade. Envolta em mistério, leva-nos pela mão do Dr. Cukrowicz a entrar na estranha casa de Violet Venable, para descobrir lentamente o que aconteceu com o seu filho Sebastian, falecido subitamente no Verão passado em circunstâncias atrozes e inexplicáveis.

DE Tennessee Williams ENCENAÇÃO Carlos Avilez VERSÃO E DRAMATURGIA Graça P. Corrêa CENOGRAFIA E FIGURINOS Fernando Alvarez DESENHO DE LUZ Rui Monteiro DESENHO DE SOM, SURROUND Hugo Neves Reis ASS. DE ENCENAÇÃO E DIRECÇÃO DE CENA Rodrigo Aleixo INTERPRETAÇÃO Bárbara BrancoBernardo SoutoJoão GasparLídia MuñozLuísa SalgueiroManuela Couto e Teresa Côrte-Real

(TEC – Teatro experimental de Cascais)

Mártir (Sala Experimental do TMJB, dias 3, 16, 17, 22, 23 e 24, às 21h30; dias 4, 18 e 25, às 16h; dias 5, 19 e 26, às 19h) M/12 1h40

Se «a puberdade é uma doença mental passageira», tal como afirma uma das personagens desta peça, já a miséria moral, a ignorância e o pseudo-conforto existencial são bastante mais duradouros, com consequências por vezes trágicas. Mártir é sobre esse mal-estar que até agora apenas parecia gerar fundamentalistas noutras culturas. A actriz Ana Cris venceu com o seu trabalho em Mártir o Prémio da Sociedade Portuguesa de Autores para a Melhor Actriz de 2018.

DE Marius von Mayenburg ENCENAÇÃO Rodrigo Francisco TRADUÇÃO Manuela Nunes CENOGRAFIA José Manuel Castanheira FIGURINOS Ana Paula Rocha DESENHO DE LUZ Guilherme Frazão

INTERPRETAÇÃO Ana CrisAndré AlbuquerqueInês de CastroIvo MarçalJoão CabralPedro WalterTânia GuerreiroVicente Wallenstein PRODUÇÃO Paulo Mendes

(Companhia de Teatro de Almada)

A grande emissão do mundo português (Salão de Festas da Incrível Almadense, dia 3, às 21h30; dias 4 e 5, às 15h, e às 19h) M/12 1h30

Estado Novo: 1933-1974, regime político e económico autoritário e corporativista, cuja propaganda assegurou longa vida – designadamente através da instrumentalização dos media, como sucedeu com a então rádio pública, a Emissora Nacional, encarregue de difundir e celebrar um retrato do País que colaborasse de forma determinante para manter o poder nas mãos de Salazar.

Num estúdio da Emissora Nacional, cinco trabalhadores levam a cabo um programa que dura 21 anos. O seu início, em 1940 (ano em que o regime inaugura em Belém, à beira do Tejo, a grande Exposição do Mundo Português – sumptuosa feira de vaidades “para português ver”, que celebrou um país mirífico e totalmente delirante), é marcado pela mudança na direcção da Emissora, com a entrada de António Ferro, o grande obreiro da chamada “política do espírito”, desígnio político oficial que enformou uma auto-representação de Portugal que ainda persiste. O programa de rádio passa então a ser co-produzido com a Frente Nacional para a Alegria no Trabalho, procurando «educar [o povo] sem aborrecer a nação».

DRAMATURGIA Jorge Palinhos ENCENAÇÃO Isabel Craveiro em co-criação com os actores CENOGRAFIA E FIGURINOS Filipa Malva DESENHO E OPERAÇÃO DE LUZ Jonathan Azevedo DIRECÇÃO MUSICAL Luís Figueiredo PREPARAÇÃO VOCAL Cristina Faria DESIGN DE SOM Daniel Bernardo  OPERAÇÃO DE SOM Nuno PompeuINTERPRETAÇÃO Ana Bárbara QueirósCelso PedroIsabel CraveiroJoão SantosMargarida Sousa DIRECÇÃO DE PRODUÇÃO Cátia Oliveira

(Teatrão)

Todas as informações em ctalmada.pt 

 

Miguel Martins

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