ARGONAUTA CARLOS LEÇA DA VEIGA

Carlos Leça da Veiga, nasceu em Lisboa em 1931. Médico infecciologista, toda a sua carreira médica hospitalar decorreu no Hospital de Santa Maria, em regime de dedicação exclusiva. Durante 27 anos integrou o conselho redactorial da Revista Portuguesa de Doenças Infecciosas onde publicou numerosos trabalhos. Enquanto estudante, pertenceu às direcções do Club de Cinema de Coimbra, da Delegação em Coimbra do Circulo de Cultura Musical, do Conselho Cultural da Associação Académica de Coimbra e à Direcção Nacional Universitária do MUD Juvenil. Em 1955 foi preso pela PIDE (em Coimbra). Nesse mesmo ano, foi incorporado no Exército, onde, colocado no então Estado Português da Índia, serviu durante oito anos como oficial miliciano. Em 1969 e em 1970, dele partiu a iniciativa de propor as greves de médicos internos em moldes historicamente inéditos – sem que essas jornadas de luta reduzissem as prestações de serviço – contrariando as normas de serviço, os doentes eram atendidos sem que tivessem de pagar fosse o que fosse. Em 1970 foi eleito para os corpos sociais da Secção regional do Sul da Ordem dos Médicos. Em 1973, foram estes órgãos dissolvidos por ordem do governo marcelista, como represália à denúncia feita pelo assassínio pela PIDE/DGS do estudante Ribeiro dos Santos. Os membros da Secção Regional foram depois sujeitos a interrogatórios pela polícia política. Foi durante muitos anos presidente da Direcção da Associação Portuguesa de Infecção Hospitalar. Tem participado em numerosos debates, nomeadamente no Centro Nacional de Cultura. Foi um dos coordenadores de Questões e Alternativas, revista de intervenção cívica. Tem textos publicados, não só em livros e revistas de medicina, como também em publicações de natureza política.

Muito recentemente, publicou o livro OUTRO CAMINHO – Outra Constituição, Outra Democracia. A Terceira República, com prefácio do coronel Otelo Saraiva de Carvalho.

1 Comment

  1. Já sei que criticar Marinho e Pinto é ponto de ordem, motivo de orgulho, condição sine qua non para merecer a vossa atenção, publicação e destaque. Mas haverá alguma forma de poder dizer bem, nem que seja numa breve?

    Grato (certamente pela não resposta),

    Orlando Castro

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