ARGONAUTA MÁRIO DE OLIVEIRA

(Este texto é da autoria do biografado)

Nasceu a 8 de Março de 1937, em Lourosa, Feira.

Foi ordenado padre/presbítero da Igreja do Porto, a 5 de Agosto de 1962. Desde então, até ficar, desde Março de 1973, por decisão pessoal unilateral do Bispo António Ferreira Gomes, na anómala situação canónica de padre sem ofício pastoral oficial, que é aquela em que ainda hoje se encontra, foi sucessivamente coadjutor da Paróquia das Antas, no Porto; professor de Religião e Moral nos Liceus Alexandre Herculano e D. Manuel II, também no Porto; capelão militar na Guiné-Bissau, de onde foi expulso, ao fim de quatro meses, por pregar o Evangelho da Paz aos que lá faziam a Guerra Colonial; pároco de Paredes de Viadores, Marco de Canaveses, onde, desassombradamente, levou a sério a sua missão de Evangelizar os pobres, o que lhe valeu a exoneração, ao fim de 14 meses, decidida pelo então Administrador Apostólico da Diocese, o Bispo Florentino de Andrade e Silva, esse mesmo que, ao ver-se, ele próprio, 15 dias depois, afastado do cargo, devido ao inesperado regresso do exílio de dez anos do Bispo do Porto, levou com ele, da Cúria diocesana, a prova do crime, concretamente, o decreto comprovativo da exoneração; pároco de Macieira da Lixa, concelho de Felgueiras, em cujo exercício foi duas vezes preso pela Pide em Caxias e outras tantas julgado no Tribunal Plenário do Porto.

Em Maio de 1974, já sem qualquer título pastoral oficial, ainda integrou, a pedido dos próprios, a Equipa de Padres da Zona Ribeirinha do Porto. E, sem deixar esse serviço presbiteral, tornou-se, em Janeiro de 1975, jornalista-delegado no Porto do vespertino República (carteira profissional n.º 492). Quando, um mês depois do 25 de Novembro de 1975, este vespertino acabou, por decisão do novo Poder Político emergente, foi sucessivamente redactor principal dos jornais Página Um, Aqui e Correio do Minho.

Ao completar 50 anos de idade e 25 anos de presbítero, decidiu passar a integrar a pequenina Comunidade Jesuânica de Base “Grão de Trigo” e, com ela, viver organicamente ligado ao povo marginalizado de S. Pedro da Cova. Fundou, aí, juntamente com outros cristãos e cristãs de base, a Associação Padre Maximino, da qual continua a ser presidente da Assembleia-Geral, e lançou o Jornal Fraternizar, de que é director e redactor principal, há 22 anos consecutivos. Desde Fevereiro de 2004, como quem faz jus ao nome, Padre Mário da Lixa, pelo qual continua a ser mais conhecido, passou a viver sozinho numa casinha alugada, em Macieira da Lixa.

Como autor, tem mais de 30 livros publicados, todos fecundamente polémicos.

3 Comments

  1. Padre Mário é a presença viva do” homem revoltado”, de Camus. E para tanta revolta, quanta coragem! Comparo-o a D. Helder Câmara e acho que ser padre assim é que é ser padre. Um Léon Bloy da prática e da ação. Que se multipliquem na Igreja, como os pães e o peixes de Jesus de Nazaré, padres semelhantes ao Padre Mário da Lixa !

    um abraço com a admiração sincera da
    Rachel Gutiérrez

  2. Padre Mário? Pelo que tenho lido é o anti-Cristo chapado. Mas que brincadeira é esta? Cada um acredita no que quer. Mas este senhor sega a ser mal educado…até quando invade a vida intima das pessoas como foi com a pintora portuguesa que se batizou, na Páscoa, em Roma. Mas onde fica a liberdadesas pessoas, senhor Mário? Você deve ser deus já que não reconhece outro. Então porte-se como tal. Seja misericordioso que é o que se espera de Deus. Louvado seja Deus.

  3. Já sei que criticar Marinho e Pinto é ponto de ordem, motivo de orgulho, condição sine qua non para merecer a vossa atenção, publicação e destaque. Mas haverá alguma forma de poder dizer bem, nem que seja numa breve?

    Grato (certamente pela não resposta),

    Orlando Castro

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