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FRATERNIZAR – E ainda vem agora o papa Francisco com o seu “Dia dos pobres”! – PARÓQUIAS OU OUTRAS TANTAS FÁBRICAS DA IGREJA CATÓLICA?! – por MÁRIO DE OLIVEIRA

 

A esmagadora maioria dos chamados “fiéis leigos” – até esta designação canónica é cretina – desconhece que cada paróquia católica é uma dos milhões de fábricas da igreja católica espalhadas pelo mundo ocidental e outras partes do mundo, Ásia incluída, graças sobretudo ao trabalho-escravo dos chamados “missionários”, elas e eles, enviados por ela aos “pagãos”, entenda-se os não-cristãos católicos. Daí as históricas guerras fratricidas entre igrejas cristãs e religiões, uma vez que a igreja católica tem-se como a única igreja verdadeira e todas as outras, meras associações religiosas. Muçulmanos que sejam. Se estes quiserem salvar-se, têm de trocar o Alcorão pela Bíblia, o mitificado Maomé pelo mítico Jesus Cristo, Alá por Deus-pai todo-poderoso, o do Credo de Niceia-Constantinopla!

Dois mil anos de cristianismo católico são dois mil anos de menoridade das populações, cujas mentes-consciências são formatadas para obedecer aos clérigos-sacerdotes e, em última instância, ao papa de Roma, o sucessor de Pedro, traidor e negador de Jesus e do seu Projecto político de sociedade; e, a partir do século IV, também e sobretudo sucessor do imperador de Roma. Ou “outro Cristo”, no dizer ainda mais demencial de uma certa teologia com tudo de papolatria. O cúmulo da indignidade humana que converte sucessivos nascidos de mulher em filhos do Poder. No caso, poder monárquico absoluto e infalível, com a missão-ambição de dominar as mentes-consciências de todos os povos do mundo, apoderar-se deles, das suas filhas, dos seus filhos, e também dos seus bens, objectivo último da transnacional igreja católica. Cujo Deus é o Dinheiro, mascarado de bem-fazer e de rezas litúrgicas ou privadas, locais sagrados, absolutamente incapaz de fazer o bem, concretamente, abrir os olhos das mentes das multidões e levantá-las da prostração-alienação sócio-política que nem as deixa distinguir entre direita e esquerda políticas, muito menos, as estimula a serem elas próprias, cada dia, Política Praticada.

É bom que se saiba que o fundamental de cada paróquia e diocese territorial da igreja católica é a chamada Fábrica da igreja ou Comissão fabriqueira. Cabe-lhes fazer crescer os bens eclesiásticos e geri-los com sucesso. Os párocos são sempre os presidentes das Fábricas. Os outros membros leigos, apenas seus conselheiros, já que o poder de decidir é apenas dos párocos. As populações são instigadas a financiar com o seu dinheiro a construção de igrejas, capelas, residências paroquiais, Centros Sociais Paroquiais, IPSSs e outros edifícios, mas tudo é depois propriedade da igreja-transnacional católica, cuja sede está em Roma. Até os dinheiros recolhidos periodicamente por voluntários junto de cada família residente nas paróquias, para financiar a construção de novos edifícios, podem muito bem ser desviados depois pelos respectivos párocos para fins totalmente diferentes. Inclusive, para proveito dos próprios párocos. Sem que as populações possam reclamar num tribunal civil. Só no tribunal eclesiástico, cujo juiz presidente é o próprio bispo titular ou quem temporariamente o substitui. Por isso sem pés para andar.

Nunca isto é dito dos altares para baixo. Porque o silêncio dos clérigos é a alma do negócio. Quem sai sempre a perder é quem se deixa levar pelas falinhas mansas ou bravas dos clérigos-lobos mascarados de sacerdotes e abre os cordões à bolsa. As Fábricas da igreja agradecem e, em troca, prometem-lhes o céu após a morte! Não há igreja-movimento de Jesus. Há a transnacional igreja católica que dispõe de milhões de fábricas a produzir imóveis, dinheiro e populações possessas de Medo. Em Portugal, ainda mais, porque todo este negócio é isento de impostos, graças à Concordata de 1940, ainda em vigor. Tudo para maior glória de Deus-pai todo-poderoso, o Dinheiro. E ainda vem agora o seu clérigo-mor, o papa Francisco, criar “O Dia mundial dos pobres”! É preciso ter lata! Primeiro, fabrica os pobres e, depois, cria o Dia mundial dos pobres! “Raça de víboras!”, grita Jesus, o de Nazaré (Cf. Mateus 23, 33)

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