Site icon A Viagem dos Argonautas

Associação de militares espanhóis ameaça a Catalunha

Os meios de comunicação social espanhóis deram grande destaque à ameaça expressa pela Associação de Militares espanhóis (AME), integrada por oficiais graduados do Exército que embora não se encontrando no ativo reivindicaram representar o ponto de vista dos militares espanhóis.

Em referência ao processo social emancipatório em curso na Catalunha, aqueles militares advertiram os que “promovem a fratura de Espanha” que não ficarão impunes.

Os militares espanhóis afirmaram que “a atitude do presidente da Generalitat da Catalunha e dos membros separatistas do seu Parlamento é improcedente e inadmissível”.

Invocando a Constituição de 1978, ainda em vigor mas filha do franquismo, a AME afirma que o Governo espanhol deve “aplicar a Constituição para suprimir qualquer sinal de secessão” e que, caso isso não suceda,  as forças armadas poderiam ver-se obrigadas a intervir para “cumprir escrupulosa e estritamente a missão que a Carta Magna lhes atribui de garantir a soberania e independência da nossa pátria”.

A ameaça dos militares organizados na AME continua referindo-se aos responsáveis institucionais catalães que apoiarem um processo soberanista ameaçando-os diretamente com o aviso de que “terão que responder perante os tribunais e no âmbito da jurisdição castrense a tão grave acusação de alta traição”.

Esta posição vem juntar-se à afirmação há pouco mais dum mês do tenente coronel de Infantaria Francisco Alamán Castro que assegurou estar disposto a responder com a própria vida para defender a unidade do Estado espanhol perante uma eventual independência da Catalunha, a qual só aconteceria, disse, “por cima do meu cadáver”.

É o despertar do espírito golpista de 1936 perante o silêncio institucional.

Exit mobile version