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FRATERNIZAR – Diáconos casados – O REFORÇO DA IGREJA CLERICAL OU O SEU FIM? – por MÁRIO DE OLIVEIRA

Até agora irredutível na abolição da abominável Lei do celibato dos padres, a igreja pós-Vaticano II instituiu, a medo, consciente, certamente, do ridículo em que caía perante as populações mais ilustradas, os diáconos casados e já com filhos. A prova provada de que não são homossexuais. Quando muito, bissexuais, que a existência de filhos dá para encobrir aos olhos do grande público. Como também o facto de se ser católico e notório amigo dos clérigos graúdos de cada região do país ajuda e muito a esconder as vidas duplas e corruptas que uns e outros possam levar. Que isto de clérigos graúdos tem o que se lhe diga. Tudo lhes é permitido, contanto que não haja escândalo. Acham-se acima da lei, pelo que para eles os fins justificam os meios. Sobretudo, quando dão muito dinheiro a ganhar à sua diocese e à Cúria romana. Até dão direito à beatificação-canonização, após a morte. Como os recentes exemplos de João Paulo II e dos desgraçados irmãos Jacinta e Francisco, de Fátima, mais a do cónego Formigão que já vem a caminho no-lo gritam a todo o momento.

A grande questão eclesial e social é que, neste início do terceiro milénio, nem os clérigos padres celibatários, nem os clérigos diáconos casados trazem quaisquer benefícios à sociedade civil e à Humanidade, no seu todo. Pelo contrário. Ocupam-se todos de coisas que nunca deviam ter sido instituídas e que, hoje deviam até ser proibidas e punidas por lei, uma vez que só servem para infantilizar as populações e impedi-las de crescer de dentro para fora em protagonismo eclesial, social e político.

Aos diáconos casados cabe apenas fazer mais do mesmo que já é feito pelos clérigos celibatários. Só não podem presidir às missas, confessar-absolver os que infantilmente ainda se confessam, nem administrar o sacramento conhecido por extrema unção. Mas, como, por regra, depois de ordenados pelos bispos diocesanos, os diáconos casados são nomeados para paróquias grandes e dos grandes centros urbanos, acabam por fazer apenas aquilo que os clérigos párocos lhes dizem para fazer. O que redunda numa enorme frustração pessoal. Compensada, entretanto, pelo que o estatuto clerical de diácono casado lhes permite fazer de hediondo, sem que ninguém alguma vez suspeite. Não fosse isso e nenhum dos grandes figurões católicos seria sequer católico, muito menos clérigo diácono casado. Um estatuto que indignifica todo o nascido de mulher, a mulher com quem o próprio está casado e respectivas filhas, filhos. Por isso, a pergunta: A ordenação de clérigos diáconos casados é um reforço da igreja clerical ou o seu fim?

Bragança é uma das dioceses que, neste domingo 26 de Novembro, o Dia de Cristo Rei e Senhor do Universo – a negação absoluta de Jesus Nazaré e do seu Evangelho – ordena cinco novos diáconos casados. Deles, garante o bispo ordenante, D. José Cordeiro: “Após 5 anos de formação, através do IDEP – Instituto Diocesano de Estudos Pastorais, Amílcar Pires (Unidade Pastoral Santa Maria do Sabor), Henrique Fernandes (Unidade Pastoral Santa Maria do Sabor), Joaquim Queirós (Unidade Pastoral de S. Bento), José Fernandes (Unidade Pastoral de S. Bento) e José Fonseca (Unidade Pastoral de Ansiães), foram admitidos às Ordens Sacras, no passado domingo, dia 12 de novembro. São casados e têm tido um papel activo nas ações pastorais da Igreja Diocesana, sobretudo através das suas Unidades Pastorais, movimentos e secretariados.”.

Palavra de bispo. Por isso, incontestada. Gritassem as pedras e as paredes de certas salas tudo o que sabem do bispo ordenante e dos seus 5 escolhidos, e muito teriam a contar. Sabe o bispo que os escolhe e ordena na Sé Catedral de Bragança, a mãe de todas as prostituições. A pior das quais é a do Dinheiro, a única que verdadeiramente prostitui quem a pratica. E neste particular pode algum dos 5 novos diáconos casados atirar a primeira pedra?!

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