Site icon A Viagem dos Argonautas

CARTA DE BRAGA – “de torniquetes e pulseiras” por António Oliveira

 

Primeiro foram uns torniquetes, instalados para controlar as entradas e saídas dos funcionários!

Depois a afirmação ‘se pudesse, em alguns funcionários, punha pulseira electrónica!

Não se trata de uma estação do Metro nem de instituição policial, militar ou militarizada, laboratório de investigação, nem qualquer organismo onde o segredo e o controlo das pessoas seja um primado de execução permanente.

Trata-se da Câmara Municipal de Braga e a colocação dos torniquetes e as declarações ‘pulseirais’ são da autoria do brioso patrão da autarquia, referindo eventuais incumprimentos de alguns funcionários.

O burburinho provocado por tal instalação e por estas declarações foi tão ou tão pouco importante, que logo o pundonoroso autarca tentou deitar água fria na fervura em relação aos torniquetes, mas sem conseguir justificar as pulseiras.

E que tal se o tão zeloso guardador das instalações camarárias marcasse uma sessão do executivo municipal aberta ao público, para mostrar como todos os elementos passavam a usar também tal adereço ou, no caso de ser incomodativo, estenderem o braço para a eventual instalação de um chip?

O exemplo e o acompanhamento das modernices exigiriam tal desiderato, mas por vivermos numa sociedade de empregados e consumidores, a relação baseada apenas na obrigação carece de dignidade, tanto para cima como para baixo.

António M. Oliveira

Não respeito as normas que o Acordo Ortográfico me quer impor

Exit mobile version