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UMA CARTA DO PORTO – Por José Magalhães (26)

 

UMA CARTA DO PORTO

NO INVERNO, A PASSEAR PELA CIDADE

 

Dei por mim, nestes dias de fim de Fevereiro, a percorrer a cidade.

Sem norte, sem destino, olhando simplesmente as ruas, as pessoas, os carros e os prédios. Procurando pormenores, redescobrindo a cidade.

Por causa da fotografia, habituei-me a olhar para cima, para os telhados, para as janelas, para as varandas e para o céu.

Tem andado escuro, o céu. Já não estava habituado a um Inverno com tantos dias de céu escuro. O sol tem brilhado pouco e a chuva tem caído muito. Muitas das vezes vem fininha, acompanhada de vento fraco e constante, rodeando-nos completamente como se fosse água de respirar. Com ela, vêm as brumas que perduram muito tempo, depois da chuva parar.

Nem por isso a minha cidade me pareceu menos bonita. Antes pelo contrário!

O Porto também é lindo no Inverno.

A pedra molhada das ruas trouxe-me reflexos raramente vistos. As pessoas, que com os seus guarda-chuvas passavam resguardadas do vento e da chuva, trouxeram-me imagens inigualáveis que captei na retina. O rio cheio e da cor do ouro trouxe-me recordações de infância, com ele a transbordar das margens e com o povo a ver, a ver…  As brumas passeiam-se por todo o lado, e de noite, iluminadas pela luz dos candeeiros, dão um ar melancólico e intimista a todo o burgo.

Andei por muitos lados, mas centrei os meus passeios na Foz do Douro, desde o Monte da Luz à Cantareira, à beira rio, desde Massarelos à Ribeira, no centro da cidade, desde a Ribeira até à Sé, e depois São Lázaro passando pela Batalha e descendo até Santa Catarina, desviando mais tarde para a Avenida dos Aliados e subindo até ao Carmo pela rua de Ceuta, não sem espreitar a rua da Picaria, e chegando por fim à zona dos Clérigos.

Passeios maravilhosamente compridos, passeios calmantes e reconfortantes, passeios que me alimentaram a alma. Uns de dia e outros de noite, que de noite a cidade é de uma beleza indescritível.

Para si que nos visita ou simplesmente passeia, não esqueça que há detalhes para apreciar em cada canto e em cada esquina.

O Porto é assim, cheio de pequenos pormenores para se ir descobrindo e ir vendo, devagar, e é assim que o adoramos, maravilhosamente misterioso.

PORTO

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Neste fim de semana de Carnaval, recomendo vivamente uma visita ao URBAN MARKET

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MAIS UM MOTIVO DE ORGULHO PARA A CIDADE DO PORTO

Universidade do Porto entre as 200 melhores do mundo

A edição 2014 do “QS World University Rankings by Subject” colocou a Universidade do Porto entre as 200 melhores escolas a nível mundial, numa avaliação internacional a 30 diferentes áreas de ensino, que se guia por indicadores de qualidade como reputação académica, reputação entre empregadores e produção científica.

O ranking publicado pela multinacional Quacquarelli Symonds, destaca a instituição no top 200 mundial em sete das áreas de ensino analisadas, o que representa uma evolução face ao ano anterior. Para além desta distinção, a U.Porto é ainda citada em 22 do total de 30 áreas analisadas.

Mencionada como “elite mundial” – por fazer parte das 200 melhores, entre as 3.000 universidades e 10.000 cursos avaliados – a Universidade destaca-se nas áreas de Agricultura e Silvicultura, Ciências do Mar e da Terra, Direito, Engenharia Eletrotécnica, Farmácia e Farmacologia Engenharia Química e Engenharia Civil.

Os resultados globais do “QS World University Rankings by Subject 2014” e do “QS World University Rankings 2013” estão disponíveis para consulta pública em www.topuniversities.com.

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FEIRA DO LIVRO DO PORTO

E agora Porto, como vai ser?

O anúncio da Câmara do Porto de que, neste momento, não tinha condições para assinar qualquer protocolo com a APEL – Associação Portuguesa de Editores e Livreiros para a realização da Feira do Livro na cidade desencadeou reacções similares às do ano passado, quando um desentendimento entre as duas entidades levou a que, pela primeira vez, o evento não se realizasse. Há críticas à câmara e à APEL, apelos ao entendimento e também quem se disponibilize para levar os livros ao Porto, seja como for.

Já o ano passado foi a mesma pepineira, com acusações de parte a parte. Os do costume a acusar a Câmara porque politicamente lhes convém, os outros a acusar a APEL. O povo do Porto a acusar uns e outros pela estupidez de tudo isto.

De uma forma ou de outra quem perde é a cidade, mas convenhamos, os maiores interessados são os livreiros, e setenta e cinco mil euros de ajudas, fornecidos pela CMP não chegam? Ainda por cima quando se diz que os expositores independentes pagam, e bem, para estarem presentes? Ainda por cima quando se sabe que para os grandes grupos livreiros estes custos são irrisórios?

Estão uma outra vez, já o ano passado assim foi, a atirar areia aos olhos de todos nós, na vã esperança de colher benefícios políticos e económicos.

Uma tristeza!

Entretanto 

Alternativa à Feira do Livro

A Culture Print, parceira da Câmara do Porto no ano passado, na realização do Letras na Avenida, disse estar disponível para repetir  a experiência.

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AS ESPLANADAS DE PARADA LEITÃO JÁ NÃO TÊM DE SER DEMOLIDAS

As esplanadas que estavam para ser demolidas por imposição do IGESPAR poderão continuar onde estão.

foto Internet

As cinco esplanadas da Praça de Parada Leitão, entre elas a do café Piolho, foram licenciadas pela Câmara, mas sem que tenha sido pedido, pela autarquia, o necessário parecer ao Instituto Português do Património Arquitectónico e Arqueológico (Igespar) e, em 2010, a Direcção Regional de Cultura do Norte (DRCN) emitiu um parecer, que determinava a sua demolição. A CMP notificou os comerciantes, mas estes contestaram, e viram, agora, as suas pretensões serem atendidas pelo tribunal.

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