SINAIS DE FOGO – “O Maquiavel de Valongo “- por Soares Novais

Soares Novais - II Os chamados partidos do “arco da governação” estão recheados de personagens de filme “animado” de quinta categoria. O actual porta-voz do PSD é um deles.

 Sempre que o topo, rio-me. O sujeito usa aquela barba de “três dias” e aqueles oculitos “à intelectual” para disfarçar a sua pequenez e lograr alguma notoriedade.

 Não o conheço pessoalmente e isso deixa-me feliz. Mas quem o conhece refere-se a ele como um ser maquiavélico e um notável facilitador de negócios para usar aqui uma expressão tão cara ao dr. Isaltino – o mais recente autor em língua portuguesa.

Paulo Vieira da Silva (PVS), empresário do Porto, militante social-democrata e ex-amigo, considera-o um “alpinista político” em recente carta que assinou, tornou pública e fez questão de remeter à Procuradora Geral da República, ao director nacional da Polícia Judiciária e à Direcção Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP). Tal carta motivou a abertura de um inquérito pelo que se aguardam as cenas dos próximo episódios.

 A carta de PVS é extensa e põe a vidinha ao sol deste Maquiavel de Valongo, município dos arredores do Porto onde começou a sua fulgurante carreira ao mesmo tempo que punha os poucos cabelos em pé ao edil Fernando Melo.

Espertalhaço e senhor de uma ambição sem limites, no dizer de um amigo meu que foi seu professor no “Alexandre Herculano”, o actual porta-voz dos “laranjinhas” empenhou-se em tirar o Rendimento Social de Inserção (RSI) a milhares de portugueses.

 Fê-lo enquanto secretário de Estado da Solidariedade e da Segurança Social do governo do dr. Coelho e em nome de um suposto combate à fraude.

Hoje, ao ler a manchete de um diário, que consultou as suas declarações e conclui que em 7 anos os seus rendimentos aumentaram 990%, tenho de lhe tirar o chapéu: o Maquiavel de Valongo percebeu rapidamente o quão difícil é (sobre)viver com menos de 200 euros por mês…

 

 

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