Joaquim Palminha Silva nasceu em Évora em 1945. Licenciado em História pela Faculdade Letras da Universidade de Lisboa, trabalhou na área da Sociologia da Cultura e da História. Foi funcionário doMinistério dos Negócios Estrangeiros/Secretaria de Estado dos Consulados e das Comunidades Portuguesas. Desde os 16 anos colaborou na imprensa regional e nacional – Democracia do Sul, (extinto diário eborense), Jornal de Évora (extinto),Notícias de Évora (extinto) e no semanário católico A Defesa, bem como nos diários nacionais República e Diário de Lisboa (vespertinos de Lisboa, extintos). A sua actividade políica cedo fez cair sobre si as atenções da polícia política.
Após um serviço militar atribulado, com sucessivas desclassificações por razões políticas, após mais de um ano de serviço nas fileiras, veio a ser mobilizado para a guerra colonial (Guiné), facto que o levou à deserção e ao exílio (viveu sucessivamente na França, Bélgica, Holanda e Itália), de 1967 a 1974. Regressado ao País, e após breve passagem por Angola (como militar recém ingressado no Exército após amnistiado), aí viveu o período conturbado da chamada “descolonização” e início da guerra civil nesse país, tendo retomado a par do serviço militar a sua actividade literária, colaborando na revista ABC, de Luanda.
Desde 1974 que colabora na imprensa regional: Diário do Alentejo e revista de cultura e antropologia editada pela Câmara Municipal de Beja, Arquivo de Beja. Manteve colaboração assídua durante mais de duas décadas no Diário do Sul (Évora) e mantém uma crónica semanal no jornal católico A Defesa. Desde o seu regresso do exílio (1974) que tem colaboração dispersa na imprensa nacional e em revistas da especialidade: Diário de Lisboa, Diário Popular, Sempre Fixe, Portugal Hoje, Diário de Notícias, semanário Expresso,Jornal de Letras, Artes e Ideias, revista Grande Reportagem, revista História(1ª série), semanário O Mundo Português (ex-O Emigrante), revista libertária A Ideia e jornal A Batalha.
Da sua vasta obra publicada, salientamos – A Revolução da Maria da Fonte(subsídios para a sua interpretação), Porto, 1978; O Nosso Cônsul em Havana: Eça de Queirós, Lisboa, 1981; Jaime Batalha Reis na Rússia dos Sovietes / Ou os dez dias que abalaram um diplomata português, Porto, 1987;Comunidades Portuguesas e a sua Imprensa (subsídios para um inventário), Porto,1988; Pequeno Dicionário do Movimento Socialista Português, Lisboa, 1989; Portugueses no Havai, Ponta Delgada (Açores), 1996; Poetas da Nossa Terra (recolha e antologia dos poetas populares do Concelho de Cuba), 1997;Bibliografia Passiva de Fialho de Almeida, Beja, 2000; Alvito…há cem anos/ Memórias e retratos, Alvito, 2000; Manuel Severim de Faria (ensaio biográfico), Évora, 2003; Dicionário Biográfico de Notáveis Eborenses, Évora, 2004; Évora- Cidade Esotérica e Misteriosa, Lisboa, 2005; Évora: das invasões napoleónicas à resistência patriótica (1807-1808), Évora, 2008; Monografia da Freguesia de Santo Antão, Évora, 2009; Monografia da Freguesia da Sé e São Pedro (subsídios monográficos), Évora, 2011; Os Meninos da Escola dos Padres (memórias e imagens dos antigos alunos salesianos de Évora), Évora 2012.
Colaborou com centenas de entradas para o Dicionário Cronológico de Autores Portugueses, obra colectiva organizada e editada pelo «Instituto Português do Livro e das Bibliotecas», foi fundador da «Associação Cultural Fialho de Almeida» (Cuba), foi membro da «Comissão Municipal de Arte, Arqueologia e Defesa do Património» (Évora). É autor da única monografia biográfica sobre a vida e obra da pintora eborense Estrela Faria (vd.Monografia da Freguesia da Sé e São Pedro).
Bem-vindo a bordo da Argos, Joaquim Palminha Silva.
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