A MARINHA CHINESA NA SÍRIA – UM BARRIL DE PÓLVORA BEM PIOR QUE OS BARRIS DE EXPLOSIVOS DE ASSAD – por BERNARD PLOUVIER

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Selecção e tradução por Júlio Marques Mota

logo_banniere A marinha chinesa na Síria

Um barril de pólvora bem pior que os barris de explosivos de Assad

Bernard Plouvier, LA MARINE CHINOISE EN SYRIE -Une poudrière pire que les barils explosifs d’El-Assad

Revista Metamag, 15 de Outubro de 2015


Síria - I

A segunda guerra do Iraque tinha levado a que os governos chinês e russo se aproximassem. Sabe-se que em 2005 e em 2012, operações comuns aos exércitos russo e chinês foram realizadas  sobre o tema de uma invasão da Coreia do Norte feita pelos americanos. Há pelo menos  um lustro que o pequeno mundo dos profetas alarmistas está à espera de  uma guerra no Oceano que em breve de Pacífico só terá o nome. Contudo, o estado previsível (das feias) realidades acaba de se alterar bruscamente.

Os meios de comunicação social ocidentais praticamente de nada informaram as respectivas opiniões públicas, já monopolizadas pela invasão da Europa Ocidental e da zona do Danúbio por gentes africanas e do Médio Oriente – em que transparece cada vez mais e por cada dia que passa que esta invasão foi programado pelos feiticeiros de Nova Iorque e de Washington -, de uma decisão tomada no fim de Setembro pelo governo chinês: o envio para a  Síria do único porta-aviões da sua Marinha, de aviões e de helicópteros de combate, além de fuzileiros navais.

Síria - II

Está feito: o Liaoning acaba de chegar a Tartous, acompanhado de um cruzador lança-mísseis. Duas unidades navais chinesas ultramodernas (mas de que se ignora o seu valor em combate), fizeram  a sua entrada no Mar Mediterrâneo. É surpreendente?

Faz quinze anos que o governo chinês combate os djihadistas nas províncias do Oeste e do Sudoeste da imensa China. É um segredo de polichinelo que estes nobres combatentes de Allah (Ouïgours, Turquemenos, Usbeques) são financiados, armados, numa provocação dos  EUA, que dominam inteiramente os países que lhes servem de base de partida e de regresso: Turquemenistão, Uzbequistão. O racismo pan-turaniano* faz com o Islão uma mistura  explosiva .

Síria - III

Os Chineses decidiram, aparentemente, passarem a responder  taco a taco e de levarem a guerra para fora das suas fronteiras. São ajudados pelo Exército russo, retomado em mãos  desde 1999 por Wladimir Putin: 1 milhão de homens muito bem treinados (e dois milhões de reservistas com instrução militar), 4.800 tanques ultramodernos T-80 e 90, o avião de combate Su-35 (que vale efectivamente bem o F-22 da EUA-Air Force ), os melhores helicópteros de combate (Ka-50/52 e Mi- 28).

Esperava-se um confronto em pleno mar no Pacífico. Aproxima-se perigosamente da Europa… a menos que os Europeus possam esperar da Rússia a libertação da hegemonia norte-americana e o regresso em massa dos imigrantes africanos e do Médio Oriente para as terras ancestrais, onde poderão dar livre curso aos seus imensos talentos e qualidades.

Nota – Um submarino chinês a propulsão nuclear teria igualmente chegado há seis dias a esta região.
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*Ver em:

https://fr.wikipedia.org/wiki/Touran

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Bernard Plouvier, Revista Metamag, LA MARINE CHINOISE EN SYRIE -Une poudrière pire que les barils explosifs d’El-Assad.

Texto disponível em:

http://www.metamag.fr/imprimer-metamag-3269-LA-MARINE-CHINOISE-EN-SYRIE–Une-poudriere-pire-que-les-barils-explosifs-d-El-Assad.html

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