Bernardo Sassetti – Contigo En La Distancia (Album Mundos 1996)

 

 

Bernardo Sassetti  Contigo En La Distancia

 

 “Terna é a Noite” lamenta profundamente a perda do invulgar e talentoso pianista e compositor português

 

 

 

Lucrecia – Vocals
Bernardo Sassetti – Piano
Juan Cruz – Trumpet
Perico Sambeat – Alto Sax
Bob Sands – Tenor Sax
Jabier Colina – Bass
Jordi Rossy – Drums
Vicenç Solsona – Acoustic Guitar

 

 

O Jazz português ficou hoje mais pobre com o falecimento do compositor e pianista Bernardo Sassetti, tinha 41 anos de idade.

Mundos – da tradição à aventura. Mundos representa uma viagem a várias paragens. É a memória de um percurso, do meu percurso, que começa com a música clássica e, até hoje, foi passando por diversos estilos e sofrendo várias influências de ritmos, danças e cantares do mundo e, é claro, do jazz que definitivamente me marcou e a todas integra. Chegou para mim o momento de relembrar os mestres que, um pouco ao acaso de encontros e desencontros, fui encontrando: Bill Evans, Duke Ellington, Thelonious Monk, Horace silver, George Gershwin, Hermeto Pascoal, entre tantos outros… O momento de pôr em prática e em comum, certos aspectos fundamentais da minha aprendizagem: as canções da Broadway e dos filmes musicais, as estruturas dos blues e dos Rythm Changes, a relação que fui descobrindo entre as músicas de Portugal, da África de língua lusa e da América Latina, e também o espaço implícito para a espontaneidade e a comunicação do momento com os músicos e com o público.” – Bernardo Sassetti

O site da Clean Feed, a sua editora, refere que Bernardo Sassetti foi influenciado por Bill Evans e Keith Jarrett. Com formação clássica desde os nove anos, Sassetti acaba por destacar-se aos 18 anos no campo do jazz, com o Quarteto de Carlos Martins e o Moreiras Jazztet. Bernardo Sassetti viria a atrair atenções internacionais com a composição de bandas sonoras para cinema, participando na longa-metragem “O Talentoso Mr. Ripley”, de Anthony Minghella. Assinou ainda bandas sonoras de filmes portugueses como “Alice”, de Marco Martins, “Um Amor de Perdição”, de Mário Barroso, ou “A costa dos Murmúrios”, de Margarida Cardoso. “Nocturno”, o seu disco de 2002, foi distinguido com o Prémio Carlos Paredes. Viria ainda a gravar “Índigo” e “Livre”. Ao longo do seu percurso musical, Sassetti trabalhou com músicos jazz, do fado, do pop rock e do hip hop.

 

 

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