Já há anos que se fala da grande ilha de lixo que existe no Pacífico Norte. Entretanto descobriu-se que já há várias outras ilhas, que se têm vindo a formar. As correntes marítimas (Equatorial, Califórnia, Kuro-sivo e Pacífico Norte), combinadas como o movimento de rotação da Terra e os ventos (esta é uma explicação muito sumária) formam uma zona de convergência onde as águas estão mais calmas e tendem então a amontoar-se os detritos, a maior parte dos quais provêm de terra firme, sobretudo da América do Norte e do Japão. Entre os materiais presentes predomina o plástico que, na maior parte dos casos, não é biodegradável. Com a erosão que é sujeito tende a fragmentar-se em pedaços cada menores, e a acumular-se no fundo do oceano.
George Monbiot no seu artigo “Disposable Planet” (este título poderá ser traduzido como “Planeta Descartável”), publicado hoje, 15 de Setembro no seu site (sítio, se preferirem) aborda a problemática do consumismo que, nas suas várias facetas, está a pôr em risco a vida em geral, a começar pelas espécies animais de maior dimensão. E as pessoas, mesmo aquelas que não caçam nem pescam, que até são incapazes de matar um galinha para comer, na sua maioria nada fazem para porem um dique neste estado de coisas. Inclusive os mares e oceanos estão a ser convertidos em esgotos e fossas gigantes, pela acção e incúria do homem. Responsabiliza o consumismo e a divisão da vida humana em compartimentos estanques por este estado de coisas. Mas a vida humana também está em risco, e arrisca-se a que atrás de si, a maior e mais significativa recordação que deixará serão precisamente as ilhas de lixo nos oceanos.
Propomos que cliquem nos links abaixo:
http://www.monbiot.com/2016/09/15/disposable-planet/
https://aviagemdosargonautas.net/2012/12/16/ilhas-de-lixo-nos-oceanos-ate-quando/
http://nationalgeographic.org/encyclopedia/great-pacific-garbage-patch/