EDITORIAL – A TRAGÉDIA PALESTINIANA CONTINUA

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No meio de tantas notícias terríveis que recebemos todos os dias, outras notícias da maior importância, vão ficando para trás, de modo que as questões a que respeitam vão sendo esquecidas, ocultas por um nevoeiro informativo. Por vezes levanta-se mesmo a dúvida de se esse nevoeiro será alimentado, precisamente para produzir essa ocultação de certas situações, com o consequente esquecimento, ou pelo menos a menorização da sua importância.

Um caso que poderá servir de exemplo é o da situação dos palestinianos. Ao longo de todas as crises, Israel não tem afrouxado o seu esforço de expansão para os territórios onde eles vivem, continuando sem repito a implantação de novos “colonatos”. Rejeita todas as recomendações, todas as observações que lhe são feitas no sentido de travar essa acção, invocando sistematicamente problemas de segurança e de defesa, e acusando de anti-semitismo quem insiste nessas recomendações e observações. Um caso muito significativo e actual vem narrado em The Guardian, que se pode ler no link abaixo:

http://www.theguardian.com/world/2014/feb/02/us-rebukes-binyamin-netanyahu-misrepresentation-john-kerry-comments

Como se vê, nem o secretário de estado norte-americano John Kerry escapa às acusações israelitas, feitas pela boca de Benjamin Netanyahu, seu primeiro ministro. É óbvio que Israel, com a sua política de colonatos, considera os palestinianos como um obstáculo que é preciso remover, e continua assim a sua política de há muitos anos. Aliás, outras notícias referem que as demolições de casas de árabes ocorrem não só na Cisjordânia, mas também no Negev/Naqab. Vejam o relatório da Amnistia Internacional de 2013 no link abaixo:

https://www.amnesty.org/pt-br/region/israel-occupied-palestinian-territories/report-2013

A questão palestiniana é, sem dúvida, e há muito tempo, das mais importantes do mundo. Pela persistência e pela violência que Israel emprega contra os habitantes das terras que pretende ocupar, para os fazer abandoná-las, sem preocupação pelo que lhes acontece. E pelo esquecimento a que o mundo vota esta situação tão grave.

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