O texto, inédito, foi escrito por Lídia Jorge a pedido da ACTA. A acção desenrola-se nos arredores de um aeroporto, onde Emil e Laura se encontram por acaso, em circunstâncias obscuras. Ele está de partida para o seu país e carrega consigo o peso de um segredo que não deseja partilhar com a mãe, com quem terá de se confrontar em breve. Ela, pelo contrário, está de regresso a casa e tenta, em vão, dissipar as nuvens que também toldam a sua relação com a progenitora. No cruzamento destas duas histórias de vida distintas, e de duas pessoas demasiado fechadas sobre si próprias, um coro comenta os pensamentos difusos dos protagonistas e aponta-lhes, como na tragédia grega, o mesmo destino inexorável.
Lídia Jorge (n. 1946) é autora de uma vasta obra, onde se incluem romances como O dia dos prodígios (1979) e O vento assobiando nas gruas (2002). Actualmente encontra-se traduzida em mais de 20 línguas. Entre os prémios que lhe foram atribuídos destaca-se, recentemente, o prémio luso-espanhol de Arte e Cultura, atribuído pelos estados de Portugal e Espanha em 2014.
Juni Dahr (n. 1953) iniciou a sua formação artística na Academia de Artes Cénicas de Oslo e no teatro laboratório de Grotowski. Posteriormente, estudou Cinema e teatro na universidade de Nova Iorque e no Actor’s studio. Depois de ter trabalhado como actriz no Teatro Nacional de Bergen durante 12 anos, fundou a sua própria companhia em 1988: a Visjoner Teater.
Intérpretes Luís Vicente e Elisabete Martins
Coro Escola Tomás Cabreira
Cenografia e figurinos Jean-Guy Lecat
Execução cenográfica Tó Quintas
Desenho e operação de luz Octávio Oliveira
Apoio vocal Álvaro Corte-Real
28, 29 e 30 JANEIRO, 2016
Qui, Sex e Sáb às 21h30